segunda-feira, 19 de abril de 2010

Irã e a Energia do Bem


Aqui vai o meu megalomaníaco apoio à política externa brasileira que tenta desesperadamente, por todos o modos e por todas as maneiras (só para ser um pouco prolixo...), desde mendigar a piedade dos países poderosos até... (até o que mais mesmo?), ajudar os nossos irmãos iranianos na busca da energia do bem, que pouco ou nenhum malefício traz para a humanidade.


De que energia estou falando? Sim. Da bendita energia nuclear! Ó grande e poderosa energia nuclear! Como é fantástica a proeza da união da massa do núcleo do átomo. Fico embasbacado com a fúria e furor que saem do interior da matéria. Quantas cidades podem ser iluminadas? Quantos milhares de pessoas não poderiam ser beneficiadas? E os pessimistas?...
Os pessimistas só pensam negativamente. Já dizia o sábio Norman Vincent Peale que o poder do pensamento positivo é devastador. Mas o do pensamento negativo... Nem a bomba atômica seria capaz de se equiparar a ele! Pois não é exatamente isso que estão dizendo sobre o grande líder Ahmadinejad(é assim mesmo que se escreve?)? Por que quereria o Irã uma arma mortífera como a bomba atômica? O Irã não tem inimigos, é vizinho pacífico, é tolerante, é democrático, é amigo de todos os povos! Isso mesmo. O Irã de Ahmadinejad(?).
Sim, o nosso governo, em sua imensa e ingente sabedoria, sabe muito bem o que os outros não querem ver. Kissinger afirmava que os diplomatas ingleses de outros tempos sempre esperavam o pior das pessoas e que raramente se enganavam. Ora, nossa diplomacia, em sua clarividência, sempre espera o pior dos países ricos e o melhor dos países pobres (ou melhor, em desenvolvimento). Assim, de nosso país irmão Irã, governado pelo democrata Ahmadinejad, nada precisamos temer. Pois ele ainda está em desenvolvimento, não é mesmo? Dessa forma, segundo a lógica de nossa diplomacia, ele é nosso amigo. Da mesma maneira, a China, a Índia, o Paquistão e tantos outros. Eles são todos os nossos amigos. Devemos fazer tudo para nossos amigos. Devemos abrir as pernas para os nossos amigos... Opa, já fui longe demais! Basta lembrar que nosso presidente é o defensor supremo de nossos interesses, conforme já expus aqui. Se a China precisa de mais tempo para enviar a equipe fiscal-sanitária para finalmente poder comprar a nossa carne de porco, podem confiar, meus amigos, é a mais pura verdade! Se Fidel Castro diz que os presos cubanos não são presos políticos, confiemos, meus amigos, é a mais cristalina verdade! Se Ahmadinejad afirma que a energia nuclear do Irã será para fins pacíficos, quem somos nós para afrontá-lo?
Nosso Guia já afirmou que terá um conversa olho no olho com o líder iraniano. Vocês conhecem o poder do nosso guia, não conhecem? Então, podem ficar tranquilos.
Se os pobres ou em desenvolvimento são nossos amigões, já os outros, não. Os lá de cima (e por que o mapa foi assim definido?) não são muito confiáveis não. A maioria deles já tem a bomba, ops, digo, a energia do bem, a energia nuclear. Por que não querem dá-la para o Irã? Por que querem manter o oligopólio nuclear? Por que uns podem mais e outros podem menos?
Muito mais sensata é atitude do nosso governo. Deixemos o Irã com seu programa nuclear para fins pacíficos. Acreditemos nele. Se for muito fácil transformar fins pacíficos em fins bélicos, o que podemos fazer? Melhor confiar. Se eles construirem a bomba, terão que arcar com as consequências.Mas que consequências? O fato de já ter a bomba e de já poder destruir em massa?
Bem, mas isso são questões que ultrapassam a capacidade de raciocínio do presente escriba.

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