sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O candidato fala a verdade para o povo!

O candidato à reeleição da cidade de N. em Tupiniquim, Tomás Armando Mutretas, fez um discurso inflamado, pondo todos os pingos nos is!
Sem mais delongas, vamos ao discurso desse curioso candidato:

"Todo mundo gosta de dizer: em meu governo. Todo mundo diz assim: 'Em meu governo, não vai ter isso', 'em meu governo, vou fazer aquilo'. Se vocês ainda não perceberam, isso tudo são balelas. Contos de fada. Nós, políticos, gostamos de nos fazer de importantes, mas, na verdade, somos somente peões do capital. Por isso, eu digo: no meu governo, eu garanto que vou servir aos interesses dos mais poderosos, dos mais ricos, dos donos do transporte público e das grandes empresas. Essa é verdade. Nua e crua. Mas vocês, meus caros eleitores, não gostam da verdade dita nua e crua, mas, sim, de uma mentira bem vestida e cozida. Nós, políticos, vivemos dessas mentiras, somos pagos por essas mentiras, queremos essas mentiras. Claro que há uns e outros que não percebem isso, que dizem a verdade, como eu!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre smartphones e outras (des)necessidades

Ganhei de presente um smartphone.
(Não, não vou dizer de qual marca e de qual fabricante. Não faço propaganda de graça. Se me pagassem, quem sabe?)
E me lembrei do que disse o escritor Gary Shteyngart, de quem não li nada ainda (e que só soube que existe por causa da FLIP...).
Ao escrever o seu último romance, ele comprou um iPhone e contratou um rapaz para ensiná-lo.
Desde então, segundo ele, não termina de ler um romance.
Pois é.
(Reclamo por reclamar. O negócio é agarrar o livro e não soltá-lo mais.)
Quando a nanotecnologia e os dispositivos ICM estiverem adiantados, esses aparelhos serão tão estranhos quanto uma vitrola o é hoje em dia.
E haverá aqueles nostálgicos: ah, no tempo do iPhone...
(Porra, fiz propaganda de graça...)

domingo, 16 de setembro de 2012

Reforma Política (de novo!!!)

Meus queridos leitores,

Já tratei desse assunto diversas vezes (dá uma googada aí) e todas as vezes minhas propostas são amplamente debatidas e comentadas na sociedade (risos!), mas, como todas as propostas realmente inovadoras, são corrompidas e mal-interpretadas (vão rir de novo?).
Pois bem. Agora eu tenho um conjunto de regras que será definitivo. Depois disso, quem quiser ser político realmente está interessado na coisa pública pela coisa pública (e não para aumentar a sua coisa privada...).
Vocês verão!
E, se eu for eleito, vocês podem ficar tranquilos que implementarei essa reforma de imediato.
Minhas propostas:

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Democracia e você

A melhor forma de governo? A mais perfeita maneira de se conduzir a coisa pública? O governo da maioria? O governo do povo, pelo povo e para o povo?
Sim, meus caros (e)leitores, tudo isso vocês já ouviram.
Mas vocês acreditam nisso?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lixo e você

Caminhava outro dia na rua do meu bairro.
(Moro em um loteamento novo, perto de um bairro antigo).
Enquanto admirava o ritmo das construções das casas (ganha-se dinheiro no mercado imobiliário, pois vendem-se ilusões), vi uma nova moradora pegar dois sacos plásticos de lixo, atravessar a rua e jogá-los no terreno baldio na frente da casa dela.
Isso mesmo. Ela jogou o lixo na frente da casa dela.
Há pessoas que fazem isso com terrenos baldios distantes de suas próprias residências, o que as torna, pelo menos em relação a seu ambiente imediato, menos porcas. Mas continuam porcas (pobre do porco! ser comparado ao ser humano...). Continuam porcas porque sabem que estão sujando esta rocha chamada Terra.
E, aqui no meu bairro, não há nem a desculpa de que o lixeiro não passa. O lixeiro passa segundas, quartas e sextas.
Mesmo assim, joga-se o lixo em terreno baldio.
Ainda outro dia, vi uma mulher, bem vestida, no banco de carona de um carro metido à besta (é, há carros metidos à besta), acabar de comer um salgado e jogar o papel fora do carro. Na maior. Sem medo de ser feliz.
Para que se preocupar, não é mesmo?
Para que ser consciente de que todo o lixo que jogamos neste mundo, de que todo esse monturo voltará para nos assombrar?
(Imagine, ó leitor ou leitora, um grande monstro de excrementos, de detritos e de plástico se levantar e esmagar todos nós! Seria interessante... Talvez eu escreva um post em que Merdazila invada o Brasil.)
A ignorância é uma benção. Para o ignorante. A curto prazo.
A ignorância é uma maldição. Para todos nós. A longo prazo.
E assim caminha a humanidade...

domingo, 9 de setembro de 2012

O blog está morto

O blog está morto.
Não há dúvidas quanto a isso.
O tempo passa, nos ignora. Os compromissos nos atropelam e ficamos atordoados perto do meio fio. E um belo dia a distinta Sra. Morte vem nos visitar.
Não devemos demonstrar surpresa. Não devemos perguntar: mas já? Devemos manter a frieza. Devemos convidá-la a entrar, a se sentar. Pode não parecer mas ela fica muito satisfeita com essas distinções.
(Deve-se evitar o máximo o instituto naturalíssimo de se sair correndo dali em desespero. Deve-se lutar.)
Ou melhor, deve-se jogar.
Convidemo-la para um jogo. Um jogo de xadrez (sim, sim O sétimo selo).
A dona Morte faz a sua jogada. E nós fazemos a nossa.
"Vocês, humanos, são engraçados", ela me diz. "Passam a vida sonhando, esperando que seus sonhos simplesmente aconteçam. Mas sou eu quem chego e vocês se desesperam".
Nesse momento, ela se aproxima de mim e diz: "Eu sei que você está desesperado. Não tente negar. Você é um bom jogador, porém. Teria mais chances se fosse poker..."
Como poderia eu blefar com a Morte?
"E você..." Eu sabia o que ela ia dizer. Eu a interrompi.
"Desculpe, senhora. Mas eu tenho outra adversária a vencer".
A Morte me olhou atônita.
"A Vida. Eu tenho que vencer a vida".
"Ah", me disse a Morte. "Neste caso, eu espero, meu querido. A Vida é muito mais cruel", e ela riu.
"Devo dizer que adorei sua atuação em As intermitências da morte, do Saramago", disse para puxar o saco.
Ela riu.
"O pessoal gostou mais quando eu incorporei no Brad Pitt, naquele filme idiota". E ela se foi.
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