segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lixo e você

Caminhava outro dia na rua do meu bairro.
(Moro em um loteamento novo, perto de um bairro antigo).
Enquanto admirava o ritmo das construções das casas (ganha-se dinheiro no mercado imobiliário, pois vendem-se ilusões), vi uma nova moradora pegar dois sacos plásticos de lixo, atravessar a rua e jogá-los no terreno baldio na frente da casa dela.
Isso mesmo. Ela jogou o lixo na frente da casa dela.
Há pessoas que fazem isso com terrenos baldios distantes de suas próprias residências, o que as torna, pelo menos em relação a seu ambiente imediato, menos porcas. Mas continuam porcas (pobre do porco! ser comparado ao ser humano...). Continuam porcas porque sabem que estão sujando esta rocha chamada Terra.
E, aqui no meu bairro, não há nem a desculpa de que o lixeiro não passa. O lixeiro passa segundas, quartas e sextas.
Mesmo assim, joga-se o lixo em terreno baldio.
Ainda outro dia, vi uma mulher, bem vestida, no banco de carona de um carro metido à besta (é, há carros metidos à besta), acabar de comer um salgado e jogar o papel fora do carro. Na maior. Sem medo de ser feliz.
Para que se preocupar, não é mesmo?
Para que ser consciente de que todo o lixo que jogamos neste mundo, de que todo esse monturo voltará para nos assombrar?
(Imagine, ó leitor ou leitora, um grande monstro de excrementos, de detritos e de plástico se levantar e esmagar todos nós! Seria interessante... Talvez eu escreva um post em que Merdazila invada o Brasil.)
A ignorância é uma benção. Para o ignorante. A curto prazo.
A ignorância é uma maldição. Para todos nós. A longo prazo.
E assim caminha a humanidade...

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