sábado, 27 de outubro de 2012

Crise de abstinência eleitoral

Meus amigos,
Depois de algumas semanas estressado com as eleições, depois de acompanhar os inúmeros e engraçados candidatos a qualquer cargo público, fiquei aqui em crise existencial (e, logo, não publiquei nada neste humilde blog).
Como não tinha mais um programa eleitoral obrigatório para assistir, eu fiquei perdido. Comecei a suar frio, ter tremedeiras e dores atrozes de cabeça.
Fui ao médico e, depois de esperar três horas e vinte e um minutos e ser atendido em seis minutos e quatro segundos, o ilustre discípulo de Hipócrates me deu o diagnóstico:
"Síndrome de Estocolmo. Você está sentindo falta de seus sequestradores. Sugiro procurar ajuda psiquiátrica".
Intrigado, procurei a ajuda e, desde então, eu reflito sobre minha condição e tomo vários remédios tarja preta.
Com isso, admiti o blog como uma dos sintomas de minha doença mental.
Mas espero as próximas eleições para voltar ao meu normal estado alterado da mente.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Orkut: o futuro das redes sociais

O Orkut, para quem entende de rede social (outro nome é para quem é a elite das redes sociais), acabou, sendo substituído pelo Google+ e pelo Facebook.
É uma pena!
Pois víamos no Orkut o melhor exemplo da média da humanidade.
Isto é, um show de futilidades, platitudes e burrices. Salpicadas aqui e ali com algum racismo, preconceito, injúria e calúnia.
Claro, claro. Redes sociais servem para comunicar, para trocar ideias e estabelecer contatos.
Serve para construir um mundo melhor.
Sei.
Mas na média...
Aliás, se o objetivo das redes sociais (comerciais, como o Facebook e o Google+, veja a nota mais abaixo) é possuir o maior número possível de usuários, então o destino de toda rede social é tornar-se um... Orkut.
Aliás, o Facebook já é. O Google+... Mas quem se importa com o Google+?
(Nota I: as redes sociais são gratuitas, certo? Talvez para o usuário. Mas o usuário, em última análise, é o produto que a rede social vende para seus anunciantes. Nada de anormal aqui. TV aberta e fechada, rádio e todos os meios de comunicação fazem isso há séculos...)
(Nota II: a Google subestimou a capacidade do Orkut, que fazia sucesso em países como Índia e Brasil. Se eles tivessem prorizado essa ferramenta como agora estão priorizando o Google+, talvez o fenômeno Facebook não fosse fenômeno...)

domingo, 7 de outubro de 2012

Ainda as Eleições...

Hoje é dia de eleição. O momento mágico da democracia.
Se você acredita nisso!
Claro, claro. Virá e alguém e me dirá que estou sendo cínico, abusado e profanador da mais alta e idolatrada forma de governo,a democracia (pelo menos, do Ocidente. E não sempre...).
Não me levem a mal. A democracia, conforme dito por Churchill, é a menos pior de todas as formas de governo. Bem entendido, eu não acredito que exista a melhor forma de governo. Assim também como não há melhor dos mundos possíveis. Para mim, diferente de algumas pessoas mais radicais, um mundo onde tudo fosse democrático, isto é, onde todos poderiam decidir sobre tudo e todos por meio do voto (algumas universidades federais operam dessa forma...), seria um mundo bem mais chato e demagógico de se viver. Por isso, as eleições a cada dois anos, para mim, já está um pouquinho razoável.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eleições: Novo (ou Antigo...) Método de Escolha do Candidato

Neste período de eleições, vemos desfilar diante de nós, humildes eleitores, de nós que não queremos saber de política, que estamos enojados de políticos, que não acreditamos em políticos, nós, os enfadados, os desacreditados, os descrentes, os desiludidos, nós vemos o desfile corajoso dos candidatos a cargos públicos.
Posso afirmar, pelo menos de meu ponto de vista estritamente pessoal, que nunca vi candidatos tão bem preparados, tão bem articulados e inteligentes.
Cada um deles afirma basicamente o seguinte de si mesmo:
1) Que é o mais preparado
2) Que é o melhor
3) Que é o mais honesto
4) Que é o mais legal
5) Que é o escolhido por Deus
6) Que é o mais amoroso
7) Que é do "povo"
8) Ah, e ele é humilde pra caramba

E cada um deles afirma do seu oponente o seguinte:
1) Que é o menos preparado
2) Que é o pior dos candidatos
3) Que é o mais corrupto
4) Que é o mais estúpido
5) Que é o escolhido do Diabo
6) Que é o mais odioso
7) Que é da "elite"
8) Ah, e o cara é orgulhoso pra cacete!

Sim, sim. Fica difícil escolher.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Festival da Democracia: Entrada Obrigatória

De todos percalços da Democracia em nossa terra amada e idolatrada, eu nunca paro para pensar na desfaçatez que é o voto obrigatório.
Votar não é escolher? Não é o exercício máximo da liberdade?
Pois é!
É obrigatório!
É como se houvesse um policial e o policial dissesse: "Você tem liberdade, meu amigo!"
"Liberdade de quê?"
"De apanhar calado!"
Para o homem médio, nada mais normal do que a obrigatoriedade do voto. Sempre foi assim, não é mesmo? Melhor o voto ser obrigatório do que não haver voto... Concordo. Mas, ainda assim, é uma excrecência, uma parvoíce e um desserviço. Deveria votar quem se sente compelido a votar, quem quer decidir, quem quer escolher decidir (ou melhor, quem tem a ilusão de que está decidindo alguma coisa...). 
O voto obrigatório, por si, é uma das formas como o Estado brasileiro dá um tapinha nas costas do cidadão e confessa a ele: Veja, meu caro, você deve votar! Se não votar, vai sentir a minha ira.
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