quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Humilde Proposta para a Reparação aos Afrodescendentes pelas terríveis e inenarráveis dores da Escravidão no Brasil





É um assunto polêmico, bem sei eu, pois, por muito estudar e ler na internet, nos jornais e em outros meios de comunicação, percebi e vi que a questão da reparação aos negros ou, melhor, aos afro-descendentes pelo odioso e triste flagelo da escravidão é um tema excruciante. Mas não posso me calar. Não posso desviar minha atenção desse terrível fato. A escravidão foi... Foi, não. É e continua sendo uma chaga ainda aberta da história de nosso país. Não duvidem disso. Basta olhar para todos os lados. O que vocês veem? Os eurodescendentes (pois chamá-los de brancos é muito preconceito) em posições de destaque, com carros do ano, com os melhores imóveis, estudando nas melhores escolas. E os afrodescendentes? Sempre por baixo, com exceção, é claro, do Ministério da Integração Social. Mas devemos notar bem isso, meus caros! A herança da escravidão é um fato. Um fato incontestável! E o Brasil, desde a abolição, o que deu aos afrodescendentes? Nada. Só não sucumbiram todos devido à sua constituição robusta e a seu grande ânimo. Aos afrodescendentes cabe mais: mais de nossa política, mais de nossa sociedade, mais de nossa economia!


E, quando várias propostas de cotas para universidades públicas foram aprovadas, surgiram em todos os lugares vozes discordantes. Clamavam que as cotas feriam o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. Desnecessário afirmar que não somos todos iguais e não importa que a Lei Maior assim o diga, pois a Lei Maior, apesar de todas as intenções com que foi feita e de todas as sanções que são necessárias para mantê-la, não mudará completamente a nossa realidade. Sou completamente cético em relação a isso. As leis - não importam como as chamamos, se Dez Mandamentos, Constituição, Leis Ordinárias (aliás, algumas são realmente bem ordinárias) - não mudaram o homem. Só aparentemente. Pois, quando o ser humano percebe que não há um olho vigiador, que não há uma possível punição aos seus atos, ele (ou ela) é capaz de atos que fariam o próprio Diabo tremer de medo. Já sei! Serei acusado de pessimista, de cético, de reacionário, de senador(?)! Mas não me importo, pois devo dizer a verdade. Somos desiguais. E, ao dizer que somos todos iguais, creio que a intenção foi afirmar que alguns não podem ser muito desiguais em relação aos outros. No entanto, e voltando ao meu tema, as cotas passaram a ser criticadas por aqueles que as veem como uma desigualdade de nosso sistema de justiça.


Ora, sejamos francos, nosso sistema de justiça, por muitos séculos, foi injusto com uma grande parcela de nossa população. E a "ajuda" dada aos seus descendentes, a "preferência" no momento de entrar em uma instituição pública, agora é tratada com todo esse cinismo conservador? Não estou afirmando que são todos conservadores, os contrários às cotas para afrodescendentes. Podem ser pais de classe média que, depois de terem gastado uma fortuna na educação de seu filho e de o verem ser preterido por causa do sistema de cotas, se sintam indignados e briguem na justiça por maior isonomia. Pode ser...


Mas é um fato, assim vejo eu, que o sistema de cotas, na verdade, é muito pouco para reparar toda a injustiça da escravidão.


Vejam bem, os escravos foram trazidos em infectos navios, levaram surras, foram rebaixados, apartados e jogados em currais humanos, chamados senzalas, e obrigados a trabalhar a vida inteira. E isso por quantos anos? Por séculos! E agora me vêm dizer que as cotas são um absurdo? Querem absurdo maior do que esse? Pois o sistema de cotas, repito, é pouco, muito pouco! Houve (ou há, realmente não sei) um movimento para se pagar uma indenização aos afrodescendentes, tal como há um sistema que paga indenizações aos perseguidos pela ditadura militar. Ora, se os torturados da ditadura estão recebendo, por que não os afrodescendentes? Afinal, a tortura e a perseguição política duraram apenas duas décadas, enquanto que a escravidão foi intensamente praticada por aproximadamente quatro séculos... Bem, ainda assim, mesmo com as cotas e um sistema de indenização, é pouco, muitíssimo pouco. Precisamos mais. Para sermos uma grande nação! Não, uma grande nação, não. Uma nação justa.


Para uma justiça completa, seria necessário que os próprios escravos se levantassem de seus túmulos, de sua vala comum. Que eles se reerguessem e voltassem do limbo em que se encontram. E voltassem a esse vale de lágrimas, somente para alguns, é bem certo, mas que foi sobretudo para eles. Tal como a visão do Juízo Final, ou dos diversos filmes de morto-vivos ou zumbis, ou do vídeo-clipe do Michael Jackson. Pois não podemos imaginar como haverá alguma reparação justa a não ser para aqueles que sofreram as perdas e danos. Perdas e danos de quê? Da própria vida. Só os próprios escravos saberão o que fazer para reparar o mal. E os antigos donos igualmente. Eles deveriam voltar também de seus ricos cemitérios para pagar por todos os seus pecados. Assim, os culpados seriam oprimidos por suas vítimas. Além disso, os escravos, para mostrar todo o seu ódio contra o mundo que os escravizou, em um grande movimento de ataque, poderiam dominar vivos e mortos, fazendo todos seus servos, usufruindo de todos os benefícios para apagar toda a dor de sua existência.


Mas isso ainda não é possível, bem sei eu, pois a nossa ciência ainda não possui a tecnologia para levantar defuntos. Não desistamos, porém. Algum dia acredito que os seres humanos conseguirão realizar essa hoje impossível alquimia. Nesse meio tempo, creio que encontrei uma alternativa viável.


Viável, digo logo, se o Brasil tiver coragem para enfrentar a ação insidiosa das grandes nações, aí incluídos os EUA. Ou, ainda melhor, astúcia para se aliar com os EUA em um ataque rápido contra a Europa. Creio, no entanto, que o atual governo terá a hombridade e coragem suficientes para encarar “de frente” mais esse desafio, como tem mostrado contra os países latino-americanos que tentam tomar nosso poder (mas essa é outra questão!).


Conforme afirmei mais acima, o sistema de cotas ou o pagamento de indenizações são propostas saudáveis e dignas para os afrodescendentes, mas, em minha humilde opinião, não representam nada perto da ignomínia da escravidão. Tendo isso em mente, pensei e repensei muitíssimo uma forma de reparar essa grande chaga em nossa história. Na minha concepção, só existe uma maneira de reparamos e apagarmos totalmente esse triste passado nosso.


Não há possível justiça, nem exequível reparação se ambas as partes, senhores e escravos, não trocarem de papéis. Ora, como viveremos em uma comunidade onde um grupo, os afrodescendentes, sofreu muitíssimo e outro grupo, os eurodescendentes, só usufruiu? Nenhuma medida será capaz de acabar com essa discrepância a não ser essa minha modesta oferta.


Dessa forma, minha humilde proposta, que, além de justa, se mostrará economicamente viável, é que os eurodescendentes se tornem escravos dos afrodescendentes em nosso país, por igual período ao da primeira escravidão. Sim, de que outra forma demonstrar aos eurodescendentes como é triste e degradante ser escravo? Assim, eles sentirão na pele o que é ser tolhido de sua liberdade, de sua dignidade, de seu valor, de, enfim, sua humanidade. Tornar-se-ão coisas, objetos, mercadoria (aí está o nosso economicamente viável...) para serem usados e abusados pelos afrodescendentes.


Além disso, os afrodescendentes poderão ver que ser senhor também não era uma tarefa fácil. Posição essa que fará com que as gerações futuras não sejam acusadas de ignorância. Gerir, administrar, chicotear, lucrar farão parte do vocabulário das próximas gerações de afrodescendentes. E, na posição de senhores, provavelmente, perderão todo o seu rancor pelas injustiças do passado, cometendo injustiças no presente.


Os políticos, se não estivessem tão preocupados com a ética, poderiam observar que a proposta, além de justa, é viável economicamente. Se o Brasil se aliasse aos EUA, conforme afirmei acima, contra a Europa, seria um bom começo. Pois, como não há muitos eurodescendentes no Brasil, ou, se comparados com os afrodescendentes, os eurodescendentes são minoria, deveríamos reinstituir o tráfico escravocrata, escravizando e dominando o continente europeu – afinal, não foram eles que começaram o tráfico negreiro? Assim, como minha avó dizia, matamos dois coelhos com uma cajadada só. Tornamo-nos uma grande e justa nação. Se os EUA fraquejarem nesse esforço, poderemos recorrer aos nossos amigos latino-americanos e aos nossos colegas africanos. Com certeza, representando eles grandes potências, poderemos derrotar as forças europeias e outras. Dessa forma, se formos bem sucedidos, será uma opção economicamente viável vender os escravos de nossas guerras para outras nações civilizadas. Com o monopólio da escravidão em nossas mãos, conseguiremos impor nosso preço no mercado internacional. Imaginem quanto valeria um escravo forte e robusto. Devemos, com isso, agir rápido, pois essa oportunidade é única. Seríamos grandes comerciantes e, com isso, aumentaríamos todo nosso prestígio no mundo. Não foi assim que as grandes nações atuais conseguiram ser o que são? Então, devemos seguir o exemplo deles.


O tráfico, com certeza, não será feito daquela forma desumana, mas, sim, utilizando os últimos aparatos tecnológicos. Poderemos usar aviões e navios, se quisermos. Não seremos acusados de monstros, com certeza. E, caso alguém nos acuse, usemos o grande porrete, como foi sugerido por um nobre presidente norte-americano.


Fiz essas considerações em relação ao mercado externo. Internamente, pode ser mais complexa a questão de saber quem é ou não afrodescendente. Uma nobre universidade, que utiliza o sistema de cotas, instituiu uma comissão que decide quem é ou não afrodescendente. Assim, houve o caso dos irmãos gêmeos, em que um foi considerado como tal e o outro, não. Pode ser uma opção, mas creio que essa comissão deva conseguir métodos mais científicos, como jogar cara e coroa, unidunitê, etc. Os políticos atualmente eleitos podem criar uma medida provisória afirmando-se, desde já, senhores e não escravos, afirmando-se afrodescendentes e não eurodescendentes . Para políticos, seria fácil ter a cara de um eurodescendente e afirmar-se afrodescendente.


Depois, é só começar o processo seletivo para toda a população. Poderíamos usar as Forças Armadas para nobre missão. Não vou me adentrar em pormenores, mas devo afirmar que deveríamos criar um índice de avaliação para ser usado em toda a nação. Assim, quem tiver dentro de determinado número do índice é senhor. Quem estiver fora é escravo. Muito simples e prático.


Quanto a quem será escravo de quem, isso são outras questões. A mim cabe somente plantar a semente de tão brilhante ideia. É um dever nosso lutarmos pelo que consideramos justo.


A Nova Escravidão ou a Reparação A Longo Prazo deve ser feita de forma metódica. Deve durar somente quanto tempo durou a antiga escravidão. Como não sou historiador e como percebi que tal matéria é controversa, deixo para meus amigos historiadores, sobretudo para aqueles que serão senhores (e não os que serão escravos, pois serão tendenciosos), a questão de delimitar quanto tempo durará a Nova Escravidão.


Minha proposta terá sua oposição, como todas as grandes ideias uma vez já tiveram. Sei, no entanto, que estou lutando para o bem de nosso país e, com isso, para o bem da humanidade. No futuro maravilhoso e utópico que se forma, os seres humanos verão como estava eu certo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Crítica deste Blog por Macaco Tião ou Como é Fácil Satirizar Políticos


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Volto aqui, meus amigos e amigas humanos!


Sei que estive um tempo fora, mas acredito que vocês possam me perdoar. Há muita gente e muitas atividades aqui, neste outro lado da vida. Só não digo onde estou, se no céu ou se no inferno. Creio que os mais inteligentes tenham percebido onde atualmente resido.


Venho aqui para fazer uma reclamação. Uma reclamação contra este blog e contra seu autor.


Este blog, quando fui convidado a participar dele, tinha um propósito maior do que a simples crítica política.


Não que a política não mereça todas as críticas possíveis e impossíveis. Mesmo em minha espécie, há essa raça, a chamada raça política, que, por meio de subterfúgios, de demagogias, de sutilezas, de (falsas) promessas, de conchavos, de traições, tenta nos levar na lábia, no papo, na palavra, na falácia, sempre se afirmando indispensável para o progresso da espécie, progresso ou o escambau. Poucos políticos foram honestos em seus interesses e ideais. Raros não transformaram seu ideal em interesse. Em seus métodos, honestidade não é uma virtude, mas um vício. A hipocrisia reina soberana.


Sim, os políticos são todos hipócritas. Se não é hipócrita, vai ser. Não duvidem dessa máxima. E alguns políticos, normalmente os considerados mais astutos, veem na hipocrisia a salvação.


Por essas e outras razões, em qualquer época e em qualquer lugar, os políticos merecerão ser alvos de sátiras, humor, escárnio, ódio, temor e admiração. Quantos não gostariam de estar no lugar deles? Os mais santos, provavelmente.


Estou sendo cínico? Pessimista? Poupem-me. Só falo a verdade. E somente a verdade.


Nós, primatas, que somos o ápice da evolução, somos também o mais político do grupo dos animais. E vocês, humanos, estão no topo da cadeia alimentar da politicalha.


Algum ser humano bem intencionado (e aqui onde estou está repleto de gente bem intencionada!) poderia argumentar que, sendo a política muito "importante", deveríamos, sim, discuti-la a todo momento. Pronto, esse ser humano está próximo de se tornar um político. Mais um pouco, estará pedindo seu voto. Minha acusação não desmerece a importância da política, mas, sim, desmerece a importância dos políticos. Digo apenas que é muito fácil criticar essa "classe". Pensei que aqui seria um lugar de críticas mais refinadas!


Enfim, eu acuso o autor deste blog de ser pedestre! Que assunto mais chão, mais comezinho, mais lugar-comum, mais corriqueiro do que a política? Receptáculo de banalidades, de chavões e de estereótipos!


Pensei que seríamos mais filosóficos, que alçaríamos voos mais altos, que, sem piedade nem dó, criticaríamos a humanidade como um todo. Ledo engano. Vã tentativa!



Ora, creio eu que devemos atacar a vã pretensão humana de ser o ápice da criação, quando a criação grita de pavor perante sua não muito humilde criatura.



Quero meu dinheiro de volta. E minha dignidade, também.



Fora políticos! Fora politicalha!



Inclusive daqui!

sábado, 22 de agosto de 2009

A (in)decisão de Mercadante ou Sobre a Coerência Política

Não podeira deixar de passar em branco a atitude do senador-mais-votado-do-Brasil Aloizio Mercadante.


Apesar do nome ser de Mercadante, nunca vi ninguém acusar Mercadante de usar seus votos no mercado politiqueiro, sobretudo no mercado informal (praga de nossa cultura de cumpadrismo).


E Mercadante sempre foi um nome forte de nossa política brasileira.


Por isso, eu digo que Mercadante é o exemplo último da coerência política e, em particular, da política brasileira.


Um dia ele afirma: Vou sair em caráter irrevogável.


No dia seguinte, completa: não vou sair!


Pode parecer que outros políticos tenham mais coerência do que o Mercadante.


Sim, houve em nossa história, e em nossa história recentíssima, políticos que nos honraram com doses cavalares de coerência política.


Mas, que eu me lembre, ainda que minha memória seja de peixe, nenhum político conseguiu ser tão coerente em menos de vinte e quatro horas.


De irrevogável para revogável, bastou um papo.


Então, parabéns para Mercadante, o político mais coerente do Brasil. Os seus eleitores também deveriam ter o mesmo tipo de coerência.


Aliás, para quem não percebeu e parafraseando Pascal, a coerência política possui razões que a própria razão desconhece.

domingo, 16 de agosto de 2009

Fatos, Versões e Ficções

Meus amigos,


Muitos duvidam (na maioria, os políticos, mas eu não entendo o porquê...) de que a imprensa é uma das mais importantes ferramentas da democracia e da liberdade. Uma imprensa livre é sinônimo de um pais livre, pois, sem imprensa livre, só ouviríamos a opinião dos orgulhosos e opressores. Basta olhar para todos os lados e ver que a "mídia" sempre defendeu a moral e os bons costumes! Se os políticos reclamam que os jornalistas podem cometer excessos, ai deles! Porque qual excesso o pior: o dos jornalistas ou o dos políticos?


Sim, defendo o jornalismo livre. E ainda defendo o jornalismo imparcial! De tanto os jornalistas e outros teóricos repetirem isso, acredito fielmente. Se eu for parar para pesquisar tudo que passa na grande mídia, ficarei maluco, não é mesmo? Sou um desses caras ingênuos e idealistas, como o Cavalheiro da Triste Figura, que sempre crê no que lê e, como Dom Quixote creu nos cavalheiros que leu, eu também deveras creio em tudo que leio.


Por isso, minha cabeça deu voltas e mais voltas para poder tudo entender. Tudo o que vi e tudo que li, nesta última semana. Eu sei que não sou nenhum gênio, mas também não sou nenhum ignorante. Pode ser uma deficiência de omega 3 em minha alimentação, pois meus neurônios, por alguns breves momentos, ensandeceram. E, se meus neurônios ensandecerem, corro um sério risco de perder a razão. Ou achar que todos os outros a perderam, menos eu, com toda a certeza. Mas voltemos ao nosso assunto.


Primeiro, o que li.


Dois grandes jornais de São Paulo me chamaram a atenção na cobertura do lucro da nossa (de todos os brasileiros, vejam bem) Petrobrás. Os dois jornais são A Folha de São Paulo e O Estadão. Aquela dizia que a Petrobrás teve um recuo de 20% em seu lucro, enquanto este nos informava que a estatal teve um aumento de 33% em seu lucro. Ou será que foi o contrário? Não me recordo mais, no entanto, se quiser saber, é só ir no ótimo (sem ironias!!!) blog Doidivana da escritora Ivana Arruda Leite (no post As Muitas Faces da Realidade) - aliás, foi neste blog que percebi a comparação. Pois, eu, a princípio, não entendi. Como pode um jornal de prestígio contradizer outro jornal de renome? Eu pensei que, talvez, os seus jornalistas houvessem cometido um engano, pois, afinal, errar é humano, aliás, demasiado humano. Mas, mesmo assim, um nobre amigo, chamado Olhe-Nos-Detalhes, mandou-me, como vocês devem imaginar, olhar nos detalhes. O jornal que afirmava que houve queda - não me lembro qual - afirmou que houve queda em relação ao mesmo período em 2008. O outro, que disse que houve aumento, detalhou que houve aumento em comparação ao período anterior.


Assim, estavam ambos corretíssimos. É só uma questão de perspectiva. Ah graças a Deus, pensei comigo, ainda bem que podemos confiar nos nossos jornalistas e nos jornais de renome. O fato de a queda e o aumento estarem publicados em letras garrafais na manchete não diminui, em nada, a idoneidade dos jornais. Eles publicaram a verdade, não publicaram? Cada um em sua perspectiva, mas a verdade. Um amigo, mais pessimista, que já não acredita na humanidade, argumentou, no entanto, de que, no jornalismo, o mais importante não são os fatos, mas, sim, a ênfase. Se um jornalista quiser, ele pode enfatizar o que é mais agradável ou não... Assim, no caso em tela, o que houve não foi um aumento ou uma queda no lucro, mas um valoração ou depreciação, subliminares, da referida empresa nos interesses dos respectivos jornais... Mas eu não acredito nisso. Acredito na humanidade! Acredito nos jornais, jornalistas e donos de jornais! Foi só um detalhe, um mero detalhe.


Em segundo, o que vi e continuo vendo.


Várias acusações contra o Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, foram feitas nos últimos dias. Até aí nada demais - pelo menos para mim e para vocês, mas não para o Bispo, é claro. Não vou entrar também na questão religiosa. Se o Bispo desviou ou não. Isso aí é com a Justiça. Se houve roubo, desvio ou falcatrua, que o Ministério Público condene o Bispo e todos mais. Se não houve nada disso, vida longa ao Bispo! Não vou discutir religião. Cada um tem a sua. O que vou discutir são os fatos e O fato inusitado é que, se eu assisto os telejornais da Globo ou os telejornais da Record, eu terei uma visão completamente contrária dos fatos. Assisto os dois, é claro (apesar de perder uma ou outra cena de minha novelas!!!). E fico confuso. Um diz uma coisa, outro diz outra. Um acusa o outro.


Meu amigo pessimista me afirmou que a imparcialidade jornalística só ocorre quando não toca os interesses dos donos dos jornais. O que vale também para dono de emissoras e etc. Em seu raciocínio, ele me pergunta: "a Record não é um incômodo para a Globo? E a Globo não é um inimigo da Record? Então, eles vão usar todas as armas disponíveis..." Rebato dizendo que ele, meu amigo pessimista, é muito... pessimista e que os jornalistas que trabalham tanto na Globo quanto na Record não se deixariam vender a um preço tão baixo. Onde está a ética profissional? Onde está a verdade e a imparcialidade? - perguntei para meu amigo.


Ele deu com os ombros e disse, maliciosamente: "Se você acredita neles..."


Pois, sim! Eu acredito! Acredito fielmente. Por que não acreditaria? Eles são jornalistas. Devem procurar a verdade. E só a verdade. Acho que eles passam por uma verdadeira lavagem cerebral no curso de jornalismo para conseguirem alcançar esse objetivo, o da busca da verdade, pois, em nosso cotidiano, não gostamos muito de saber da verdade, nos contentamos com as fofocas, ou, mais cientificamente, versões distorcidas da realidade. É verdade que o STF terminou com a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Não critico o STF, cuja sabedoria jurídica é infinita, mas ainda é cedo para dizer se sua decisão foi ou não benéfica.


Enquanto isso, creio que tanto o jornalismo da Record quanto o da Globo, cujos jornalistas todos devem ter apresentado o seu diploma, estão apenas se empenhando o máximo possível para nos dar uma cobertura isenta e imparcial (não serão sinônimos?) dos fatos.


Vocês também não acham?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Privada Pública ou Consideração Filosófica sobre a Grande e Pequena Corrupções


URINANDO.jpg


Muito agradável (neste exato momento, não consigo pensar em nada mais agradável) é acordar cedo, abrir a porta de casa e sentir o odor de urina velha e estragada.

Pois, muitos companheiros, irmãos, brasileiros adoram urinar na via pública, fazendo dela a sua particular privada. Sacam o seu falo para fora e, sem pudor nem vergonha, jorram a fedorenta excreção renal, líquido do interior de seu ser.



Esse mal (mal? pode ser considerado um mal?) não é apenas um mal dos cariocas, mas um verdadeiro mal nacional.


Mas quem pode culpá-los? Esses homens necessitados de se aliviar?! Se a Natureza chama, devemos obedecer e logo! Como podemos esperar que consigam por uns breves momentos se controlar (como esperar controle de seres humanos?) e encontrar um lugar chamado banheiro para, então, jorrarem os seus fluidos? É esperar muito do ser humano. Ainda mais de homens, como nós!


Assim, devemos suportar com bom humor o odor tão característico do urinar humano. Homens urinando nos postes! Homens urinando nos muros! Homens urinando no meio da rua!


Uma vez - e aqui vai um comentário individual, da experiência deste autor -, saindo de um venerável e velho prédio, deparo-me com a seguinte cena: uma mulher, sem eias nem peias, arria as calças, por entre dois carros estacionados (um sendo o deste pobre autor), e se põe a urinar! No meio da rua, tinha... Bem, não vou parodiar o poeta Drummond, mas vocês devem imaginar o grande prazer e conforto que senti ao ver aquela mulher fazer em público o que em privada deveria fazer. Sim, me senti nas nuvens! Nas nuvens da elegância e da educação!


Na esquina seguinte, havia guardas ou policiais, e, questionados sobre a baderna que estava ocorrendo, eles deram com os ombros e comentaram: "Logo, logo, é carnaval. É assim mesmo!"


Na época, fizeram muito pensar essas singulares palavras de nosso oficial. Logo, logo é carnaval! Não importa! Essas coisas não importam... O que adianta prender pessoas que só seguiram a natureza e, como cachorros, deixaram suas excreções para outros "animais" cheirarem? Uma leve multa levam e, depois, vão encher o caneco de cerveja em um boteco e, em seguida... Bem, vocês já sabem.


A nós, meros cumpridores da lei, dos bons costumes e da moral, pagadores de impostos cada vez mais exorbitantes, a nós, simples mortais, cabe apenas a conformidade!


O que farão se, em um dia de fúria, nós brigarmos com todos os porcalhões sem-vergonhas que mijam em nossas calçadas?!


Mas não! Não vou me levantar com ódio e vingança. Vou aproveitar o caso desses cidadãos urinadores em público para tecer algumas considerações filosóficas sobre a grande e pequena corrupções.


Outro dia, li sobre a Teoria das Janelas Quebradas (Fixing Broken Windows, só ver na wikipedia), dos renomados criminologistas James Wilson e George Kelling, que, em poucas e pobres palavras, afirmava que o crime é resultado da desordem. Se, em uma vizinhança, aparece uma casa com janelas quebradas, outras janelas serão quebradas. E, se ninguém fizer nada, logo casas serão invadidas, usadas por prostitutas e viciados, que atrairão outros mal-feitores para as redondezas e que roubarão, matarão, estuprarão os honestos cidadãos... Bem, vocês entenderam. O crime vem da desordem. O grande crime, do pequeno desleixo. Há uma grande e terrível escala, nesse caso, de degradação.


As ideias desses renomados criminologistas foram postas em prática na cidade de Nova Iorque (ou New York?) nos meados da década de 80 e começo de 90 do século passado. Nessa época, a cidade era um verdadeiro faroeste. Sem lei. Cidadãos inocentes viviam em constante temor. Todos temiam sair nas ruas.


Os metrôs eram o símbolo maior dessa onda de crimes. Vários assaltos e violências ocorriam no subterrâneo. Os metrôs eram todos pichados e quase ninguém pagava o bilhete de metrô. Um homem, chamado Willam Bratton, discípulo da teoria das janelas quebradas, contratado para dar um jeito nessa calamitosa situação. A unanimidade dizia que ele deveria focar nos crimes de maior repercussão. Mas Bratton disse não. Primeiro, acabaria com as pichações. Se um trem era limpo e pintado e, depois, pichado novamente, deveria ser imediatamente limpo. Os pichadores não poderiam mostrar as suas obras de arte!


E Bratton começou uma política de tolerância zero para o não-pagamento das fichas de metrô. Os guardas davam com os ombros (essa atitude lembra a de alguém?): para que se dar o trabalho de prender por uma pequena infração? Mas Bratton bateu o pé. Acreditava que muitos dos criminosos não pagavam o bilhete e que pôr ordem nesse setor seria um passo decisivo para diminuir o índice de criminalidade. Manteve 10 policiais à paisana e eles prendiam todos os espertinhos, algemando-os e deixando-os à mostra na plataforma, como exemplo (aqui nossos advogados gritariam contra a falta de consideração pelos direitos dos bandidos, isto é, seus clientes!), e, no final do dia, levavam todos para a delegacia. Também começou a ser feito um levantamento de todos esse pequenos infratores e o resultado foi espetacular. Cada um que entrava descobria-se uma coisa pior.


Com isso, os crimes no metrô foram diminuindo radicalmente. Bratton parecia ter razão. Quando Rudolph Giuliani tornou-se prefeito, nomeou Bratton chefe do Departamento de Polícia. Bratton continuou com sua política e deu resultados.


Mas por que estou falando desses gringos? A nossa situação não é singular? O nosso caso pode ser comparado com o deles, desses norte-americanos metidos à besta?


As imagens dos policiais dando com os ombros e - pior! - da mulher urinando na minha frente não me saíram da cabeça enquanto eu lia sobre a teoria das janelas quebradas e Bratton (no livro O ponto de virada de Malcolm Gladwell). Pois, pense, caro leitor, mas pense bem sobre o que, em seguida, me ocorreu.



Após ler e pensar o que acima escrevi, fui me deitar. Não consegui dormir (por causa da indignação, esse verme que nos devora?) e, quando me conciliei com o Morfeu, tive um sonho deveras estranho.



Estava eu a caminhar pela calçada quando vi um único homem encostar-se em um poste, abrir a braguilha e urinar. No meio da rua, no meio de toda gente. Fiquei espantado com tamanha ousadia, mas meu espanto ficou ainda maior quando percebi que ninguém ligava, ninguém se importava. E, depois, vi outro homem, na padaria, sacar sua arma e começar a mijar na porta mesmo do estabelecimento. Outro, mais idoso, também seguiu o mesmo caminho. Quando percebi, assombrado, que a maioria dos homens estava fazendo da rua sua pública privada. Até um funcionário da prefeitura! Um policial, igualmente! Corri, pois não aguentava mais o fedor! Mas, em todos os lugares, o mesmo e absurdo comportamento. E vi ainda carros passando sinais vermelhos e estacionando em locais proibidos. Policiais levando uma propina da boa. Vendedores de cds e dvds piratas vendendo livremente seus produtos piratas! Um absurdo após outro. Estava asfixiado pelo fedor e pela amoralidade! Sim, estava no inferno ou no Brasil...? Tudo estava errado! Só eu que via isso! A tv, em uma loja, onde o vendedor urinava perto do hidrante, transmitia políticos honrados, fazendo declarações e rindo. Depois, esses mesmo políticos apareceram urinando nas ruas de Brasília. Mas eles eram monstros gigantes, com tremendos falos, aparecendo ao lado do congresso nacional. E seu mijo era um rio! Um imenso rio de urina! E todos, em minha volta, começaram a rir e a comentar: "Fazer o quê? Se eu estivesse lá, também roubava tudo e todos! E você?" Foi o que me perguntaram. Quando fiquei calado, se espantaram. E começaram a me inquirir: não vai mijar, não? Não vai dar propina, não? Não vai roubar, não?



E fiquei com medo! Gritei! Assustado, corri e todos correram atrás de mim. Homens, mulheres e crianças, que urinavam na rua, me olharam angustiados! Estavam todos atrás de mim. Corri como se fosse minha última esperança! E, no momento em que me encurralaram, graças a Deus, acordei. Todo suado, é claro, mas não havia urinado na cama.



Liguei a tv e vi os casos de escândalos de políticos. Vi uma reportagem sobre os males das pequenas infrações! E - eureka!, gritei - considerei o que tinha lido e o que tinha sonhado! Vi, como uma imagem profética, a pequena corrupção, aquela do dia-a-dia, e a grande corrupção, aquela das grandes mamatas! Vi o elo entre elas, entre a propina que damos para o guarda (para liberar a nossa barra) e a propina que o político pede dos grandes empreiteiros! Vi que o rio de urina, que começa pequeno, transforma-se no amazonas de excreções (não só de urinas!) e de corrupções que empesteia nosso país! As janelas estão todas quebradas, mais quebradas impossível!, e todos fazem o que querem aqui!



É preciso um grande político! Um grande líder que tenha tolerância-zero com a corrupção! Um Líder que ponha em prática a teoria das janelas quebradas! Um líder que não tenha medo, nem teto de vidro! Um líder que tenha a moral ilibada e que não tenha medo de nada!



Mas que digo eu? Já não temos um grande líder assim?!? Tomara que ele tenha tempo para limpar esse país de cabo a rabo!

sábado, 8 de agosto de 2009

Sátira como forma de Pensamento

Bem, as definições de sátira dos dicionários e enciclopédias (Wikipedia, sendo a principal fonte deste homem da internet) a caracterizam como sendo um gênero literário, podendo abranger outras formas de expressão, que, por meio do humor, da ironia, do exagero, do burlesco, critica os costumes, os vícios, as loucuras, os abusos, as hipocrisias, os cinismos e... - enfim, tudo o que o humano põe no mundo, quando está de boa vontade, não é mesmo? Essa é a definição, por assim dizer, já canonizada (pois está nos dicionários!!!). Eu gostaria, na minha humilíssima humildade, de dar a minha pequena contribuição.


A questão, aqui e agora, é como vejo que a sátira é uma forma de pensamento e, com isso, uma forma de entender o mundo.


Há filósofos, historiadores, físicos, cientistas sociais e muitos outros que pretendem entender alguma coisa desse caos a que chamamos realidade. Todos sérios demais, porém. Todos, vestindo terno e gravata, escrevendo artigos para revistas sisudas, aparecendo em entrevistas para telejornais entediantes! E todos com o mesmo tom! O discurso pode ser completamente diferente. Um sociólogo pode ser o inimigo mortal de outro sociólogo, mas o tom de seus discursos vai ser o mesmo. E por quê?


Porque o ser humano se leva a sério demais! Quer parecer o todo-importante, o ápice da evolução, a razão de ser do universo.


Mas o que é o ser humano para o universo? Nada? Ou a medida de todas as coisas, como já foi proferido?


Somos menos que poeira para o universo, mas tudo bem. Ainda somos importantes. Pelo menos para nós mesmos, não é? Se não formos importantes uns para os outros, seremos menos que humanos.


É só olhar à nossa volta para percebermos como a vida humana muito vale. Todos os dias me surpreendo com a capacidade do bicho homem de fazer mal ao bicho homem. É um espetáculo de crueldades e absurdos! É incrível o singular poder da maldade e da preguiça.


Da maldade, todos falam mal, é bem compreensível, pois, se não pudermos falar mal da maldade, de quê ou quem poderemos falar mal?


A preguiça, no entanto, é subestimada. Muitas crueldades ocorrem por pura omissão. E omissão por quê? Por preguiça! Mas isso é assunto para outro texto. Neste, reafirmo a valorização da sátira.


Pois é aqui que a reafirmo! A sátira é "importante" para desmascarar os falsos valores, os falsos ídolos e a falsa moral que os humanos mostram como se fossem verdades absolutas e não meras hipocrisias. Hipocrisias para ocultar os interesses e os vícios. Hipocrisia como única homenagem do vício à virtude.


Dessa forma, afirmo que os sátiros são aquelas pessoas que levam às últimas consequências os valores da humanidade. Pois um hipócrita vai sempre dizer que segue os melhores valores, que ninguém tem mais moral do que ele (isso lembra a fala de alguém?) e que os outros é que são canalhas e ladrões. Um hipócrita publicamente vai defender os valores que, no seu particular, escarnece. O sátiro vai se levantar contra isso. Vai se indignar, vai se revoltar e, em vez de ficar calado em sua casa, na segurança do anonimato, vai publicar os seus textos para os outros verem!


Grandes sátiros foram assim. E, usando os poderes da ironia e da paródia, ampliam e distorcem a realidade, pois a realidade já foi distorcida e estuprada pelos malfeitores!


Os malfeitores roubam, matam, estupram e, em seguida, na maior inocência, clamam honestidade e honradez. O sátiro, com seu dedo sujo, aponta essa discrepância absurda! Pois, para eles, o mundo não deveria ser assim. Deveria ser mais. E melhor!


Sim, os sátiros são pessoas que, normalmente, após idealizarem muito os seres humanos, se decepcionam e ruminam contra a própria raça seus venosos textos!


Esta é a verdade!


Assim, entender satiricamente o mundo é enxergar o mundo despido de todas as mentiras.


Se isso for possível sem enlouquecer...

Brasileiros e brasileiras, ou, tanto faz, humanos


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Estou aqui novamente, amigos meus.


Venho comentar essas últimas sórdidas notícias. Notícias desse "grande" país chamado Brasil. Bando estranho esse! Países! Como vocês conseguem catar piolho de tanta gente? Prefiro bandos menores...


Mas voltemos ao nosso assunto.


Um grande escritor (pois vocês não sabem, mas aprendi a ler enquanto estava em meu presídio - que vocês carinhosamente chamavam zoológico), chamado Isaac Bashevis Singer, escreveu, uma vez, que o mundo era uma combinação de matadouro, bordel e asilo de loucos.


Desnecessário afirmar que concordo com ele. De minhas observações, noto que o caminho da humanidade é a insânia completa. Tanto mais insano quanto mais razões vocês dão para os seus crimes.


Aqui, no Brasil, vemos o ocaso dos políticos, em especial, dos senadores da República.


Vejam bem, não sou de nenhum partido.


Se fosse, seria do partido dos Chimpanzés (porque não me dou muito bem com gorilas, orangotangos, humanos e outros primatas), mas, mesmo no partido dos Chimpanzés, há muitos problemas de relacionamento. Mas, vá lá, não sou de nenhum partido. Todos se quebram diante dos interesses ocultos.


Os partidos de Ontem, quando comparados com a situação de Hoje, veem-se esvaziados de ideais e bojudos de vergonhas. Ou melhor, de sem-vergonhas. É a história de todos os partidos. Não só dos brasileiros. Não só de um partido, em particular, que, há pouco, assumiu o poder. Nem de outro partido que, há muitos anos, vive do poder, para o poder e com o poder.


Quem assume a responsabilidade do poder, pega na chave do Tesouro. E são muitos os que querem agradar os detentores da chave do Tesouro. Interesses e ideias se misturam. O que era ruim em um momento, torna-se excelente negócio em outro.


Vale tudo para manter a popularidade. Se ela estiver alta, ótimo. Se estiver baixa, é só fazer um programa social.


Um brasileiro gritou: Não aguento mais o Brasil!


Pois eu afirmo que, se ele fosse sueco, angolano ou norte-americano, não aguentaria a Suécia, Angola ou os EUA.


O problema não está no ser brasileiro ou no ser político, mas, sim, no ser humano
.


Há um ditado: o poder corrompe. Um grande escritor, Frank Herbert, não concordava. Afirmava ele que o poder atrai os corruptos. E que o poder absoluto atrai os absolutamente corruptíveis.


Sou mais radical: acredito que todos os humanos são corruptos. Mesmo os mais inocentes. É só achar o momento propício!


Assim, o que está acontecendo no Senado, se olharmos bem para os outros poderes, será tão diferente assim? O Senado está passando por uma crise. Uma crise em que as máscaras começam a cair, a verdade é dita, a mentira é gritada, e as hipocrisias todas se encontram.


Realmente, um verdadeiro circo. Não o Senado, Deus me livre de falar mal de tão distinta instituição (é só assistir a TV Senado para percebemos como ela é distinta!), mas toda a raça humana.


Eu me rio das humanadas (em comparação ao que vocês chamam macacadas) que vocês faziam enquanto estava em minha jaula, e agora, do Limbo, continuo rindo.



Bem, até a próxima.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os Bons Companheiros ou, melhor, Os Intocáveis

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Meus amigos,




Muito felizes nós devemos ficar com a reconciliação entre antigos inimigos ou, no mínimo, adversários, que se dedicaram, por tanto tempo, a ferozmente se criticar. Vemos como é boa a natureza humana quando observamos esses novos amigos em ação, tão amigos que nem pareciam ter sido inimigos no passado. Mais uma vez, podemos agradecer à inata qualidade de todo e qualquer brasileiro: sua cordialidade. E, nessa cordialidade, a capacidade de tudo no passado deixar. De tornar-se amigo do peito, camarada e colega de quem, antes... Bem, antes não importa mais!


Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, finalmente, se encontraram e emocionadamente se abraçaram, deixando, para trás, desavenças, desatinos e desacordos.


Podemos realmente argumentar se o relacionamento desses dois grandes homens - e grandes líderes - não foi atrapalhado pela barulhenta mídia. Se eles pudessem ter antes, lá em 1989, se encontrado e conversado mais detidamente, sem o intermédio de insensatos jornalistas e de fanáticos partidários, muito provável é que vissem, um no outro, e outro no um, menos diferenças que semelhanças.


Não afirmo que, em 1989, eles tivessem alguma semelhança em suas políticas, ou em seus programas econômicos ou, mesmo, em suas afeições eletivas, se assim podemos dizer. Não. Talvez tudo tenha ocorrido segundo a Divina Providência. Talvez, por serem tão iguais em seus anseios e ambições, eles não pudessem ver que melhor poderiam trabalhar juntos que separados. Anseios e ambições, digo logo, de melhorar a sofrida vida do povo brasileiro! Anseios e ambições de, antes de tudo e qualquer coisa, o que importa é a popularidade e as próximas eleições!


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Claro está que, em 1989, eles eram muito diferentes. Diferenças em tudo. Parece que aquela eleição foi uma eleição entre a Esquerda e a Direita, entre o Comunismo e o Capitalismo. Pois, vejam bem, meus amigos, no Brasil, Lula e Collor foram verso e inverso, certo e errado, errado e certo - não necessariamente nessa ordem. Ainda assim, sendo eles tão distantes em concepções de mundo, parece que eles não eram tão contrários na maneira de ser.


Pois se hoje tão bem se dão. São, hoje, bons companheiros. Companheiros que lutam e brigam pelo mesmo objetivo. Proteger Sarney, grande brasileiro. Três presidentes e um único objetivo - momentâneo, fugaz, rápido -, mas, ainda assim, unidos, unidos para vencer e para massacrar qualquer um que a eles se oponha. Vide o Pedro Simon.


Quando a tropa de choque sai em defesa do correto (em sua concepção, claro está), tudo é possível. Atacar mãe, pai, sobrinho, neta e seu namorado! Bem, não fizeram isso com o pobre do Sarney? E, agora, me vem a mente, já tão cansada de ouvir os mesmos argumentos de sempre, que esses bons companheiros, na verdade, não são dois, mas três: Lula, Collor e Sarney.


Os verdadeiros. Os únicos. Os bons companheiros.


Todos já foram presidentes, todos passaram por bons e maus momentos, todos já brigaram com cada um ou com todos. E, agora, estão unidos. Como é boa a humanidade. Como é linda a capacidade do perdão!


Se, em 1989, eles se odiavam. Hoje, se amam. Convenhamos, eles ficam muito bem juntos. É uma verdade popular, mas não menos verdadeira de que Deus escreve certo por linhas tortas. Às vezes, tortas demais!


Vejamos o caminho de cada um.


Collor bateu Lula em 1989, fazendo o que todos faziam quando batia no Sarney. Vá lá, o bater aqui é uma metáfora ou metonímia, não sei bem. Mostrou que tinha aquilo roxo, mostrou que era cabra-macho. Corria para um lado, corria para o outro. Tentou matar o bicho inflação, mas o bicho inflação foi mais esperto e comeu, comeu, comeu até mais gordo do que nunca ficar. Caçando marajás, um terrível inimigo fincou-se dentro de suas linhas. PC Farias! Esse sim foi o responsável fatal. Uma série de, até hoje, discutíveis denúncias o afastaram do poder. Um impeachment! E, logo, contra o primeiro presidente eleito, depois de anos da ditadura, segundo alguns, ditabranda. Mas Collor afirmou que tudo foi perseguição e calúnia. Que provaria na Justiça que era um homem honrado e nobre. Depois de amargar seu exílio político, voltou mais forte do que nunca como senador da república. Grande e velho Senado! Onde há tantos insignes homens e mulheres!


Lula, depois de 1989, amargou duas vezes o segundo lugar contra Fernando Henrique. Essa foi a doce vingança. Todo mundo achava que Lula ganharia depois de Collor e Itamar. Todo mundo. Até ele. Principalmente, ele. E, no meio do caminho, tinha uma moeda. O real. E, atrás do real, por cima do real, do lado do real, estava Fernando Henrique Cardoso. Um sociólogo meio sem graça, que havia se tornado político meio sem querer... E Lula perdeu. Duas vezes. No primeiro turno. Bem, mas isso é passado. Lula é brasileiro e brasileiro não desiste nunca. Só às vezes. Mudou estrategicamente sua campanha e se tornou presidente. Nunca-antes-na-história-deste-país! (Não sei como esse maravilhoso refrão não virou ainda um funk ou outro tipo de música tupiniquim). E podemos afirmar, com todas as palavras e com sinceridade absoluta, que Lula é um homem humilde, simples, que não erra nunca, bem é a verdade, mas que sempre tem a humildade de conhecer grandes homens! E que grande homem ele e Collor defendem!


Sarney! Prestem atenção todos aqueles que o atacam! Vocês estão enganados. Redondamente enganados. Como disse Lula, Sarney é intocável. Bem, talvez, eu devesse mudar a referência cinematográfica: de Os Bons Companheiros , uma história de amigos que se traem, para Os Intocáveis , uma história de luta contra a corrupção por um homem incorruptível. Isso! Os Bons Companheiros! Eu cometi um grande engano e uma grande injustiça. Como posso comparar grandes homens como Sarney, Lula e Collor a inescrupulosos mafiosos como Henry Hill, Jimmy Conway e Tommy DeVito (interpretados por, na ordem, Ray Liotta, De Niro e Joe Pesci)?!? Afinal, eles são ladrões, safados e mentirosos! Os mafiosos do filme, me entendam bem. Lula, Collor e Sarney estão melhor comparados com Eliot Ness, Jim Malone e Giuseppe Petri (Kevin Costner, Sean Connery e Andy Garcia). Porque os nossos grandes representantes são realmente intocáveis! intocaveis_01.jpg


Pois ninguém, nunca-antes-na-história-deste-país, foi tão intolerante, intransigente contra a corrupção como o Nosso Guia, Luís Inácio Lula da Silva! Minto. Antes dele, só um Collor, um Sarney. Só eles.


Mas não sejamos apressados! Quando digo que Lula é radicalmente contra a corrupção, estou falando sério. Ele é. Não duvidem disso. Todos querem a cabeça de Sarney, todos querem que Sarney saia pelas portas dos fundos. Mas não Lula e ele está sendo atacado pela mídia por isso. Lula não admite atacar alguém como Sarney assim. Que Sarney explique sua situação. Enquanto não for provado, Sarney é inocente para os olhos de Lula.


Muitos acusam sem provas, julgam sem evidências. Lula é contra a corrupção, mas inteiramente a favor da ampla defesa e do contraditório. Pois ninguém é inocente até que se prove o contrário. Desculpem. Cometi um engano. Onde escrevi inocente , leia-se culpado.


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E, aqui, meus amigos, fica minha caridosa mensagem aos novos velhos amigos, Lula e Collor. Continuem assim, meus caros! Juntos vocês vão longe...


domingo, 2 de agosto de 2009

George W. Bush


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Grandes líderes podem ser incompreendidos no presente.


Podem sair por baixo, com popularidade alarmantemente baixa e serem condenados por todos os erros dos outros (grandes líderes não erram!). Podem ser considerados um dos piores presidentes de todos os tempos! Podem ser alvo de críticas e sapatos! Podem ser acusados de financiar guerras para promover interesses particulares, de genialmente mentir para conseguir o que quer, e de continuar mentindo na cara dura! Muitíssimo fácil atacar leão manco e desdentado!


Mas ele foi - e isso será provado no futuro breve - um dos maiores líderes da humanidade! George W. Bush, um homem de origem humilde e trabalhador, um autodidata, um homem que não desiste nunca, vai ressurgir das cinzas e mostrar a todos por que ele é um grande líder.


Enquanto ele não faz isso, eu teço algumas considerações.


Em primeiro lugar, teve a eleição mais disputada de toda a História, que acabou empatada. Al Gore e George W. Bush pareciam defender os mesmos princípios econômicos, as mesmas ideias políticas - parecia que eles diziam a mesma coisa e, é claro, o eleitorado ficou dividido. Há sempre aquela atitude mais pop e mais carismática dos democratas, que tentam esconder falta de conteúdo em alguns casos (não, não estou me referindo ao Obama). E, no final da eleição, parece (só parece, não estou afirmando) que o Al Gore, defensor do meio ambiente, ganhou no voto popular. Mas ô lugar difícil para se entender uma eleição! Colégio eleitoral, delegados, super-delegados (tipo, um super-herói dos políticos?!)... E teve a votação na Flórida. Pegue uma cédula de voto de lá. Você iria ficar literalmente perdido! Mas a Corte Suprema, sempre imparcial, votou a favor de Bush.


E ele, o cara, foi eleito.


Convenhamos, depois do fim da União Soviética, os norte-americanos estavam um pouco perdidos. Não tinham um grande inimigo, nem nenhuma potência que os assombrasse. Tinha, é claro, o Saddan Hussein lá no Iraque, mas nenhum norte-americano ficaria acordado com medo que Saddam Hussein atacaria o sagrado solo norte-americano, berço da democracia e da liberdade.


Francis Fukuyama, por exemplo, já tinha afirmado que a história acabara, que a democracia e o capitalismo liberal dominariam o mundo. E parecia que Bill Clinton tinha feito tudo como manda o figurino. Então, muitos achavam que Bush seria somente mais do mesmo. Rotina. Depois de quatro anos, outro presidente continuaria a rotina. Os EUA nasceram para dominar e controlar... Desculpem, os EUA nasceram para guiar e liderar a humanidade. É o destino manifesto. Pronto.


Mas, eis que do mundo remoto surge um inimigo à altura de Bush. Bin Laden articulou o maior ataque terrorista de todos os tempos, matando mais civis em um único dia do que qualquer outro. Não usou bombas, não usou armas de destruição em massa, não usou nada disso. Usou a inteligência. Com um grupo pequeno de homens suicidas, equipados com armas de mão, Bin Laden fez o que ninguém pensou que poderia ser feito antes: usou os grandes aviões como armas. O impossível aconteceu. Com o ataque de 11 de setembro, os EUA, desde Pearl Harbour, tremeram. Nova York foi destroçada. Milhares de vítimas inocentes morreram. Um novo dia entrou para infâmia.


Para momentos difíceis, no entanto, os grandes líderes surgem. Bush, que havia sido um beberrão em sua juventude, que havia encontrado Jesus no meio do caminho! Bush mostrou a que veio. Logo, quando soube dos atentados, não se meteu em nenhuma base-buraco, mas decidiu, rápida e incisivamente, que os EUA deveriam atacar de volta. E quem eles atacariam? Saddam Hussein! Não, ele não. Segundo informações confidenciais, Bin Laden e Saddam Hussein são inimigos. Mas quem atacariam os EUA? Os talibãs que apoiaram Bin Laden.


Pronto! Agora, havia um grande inimigo. Um inimigo que deixava os norte-americanos, porque jogava um jogo sujo. Não declarava guerra por meios normais.


Assim, a guerra contra o Terror tornou-se o grande motivo dos dois governos Bush. Eles precisavam encontrar e matar Bin Laden e qualquer um que estivesse no caminho.
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Um grande líder precisa tomar decisões difíceis. Precisa ver além do que o homem e mulher comum veem. Precisa, como o filósofo alemão Nietzsche alcunhou, ir além do bem e do mal.



Ora, se uns poucos terroristas poderiam matar milhares de pessoas, a vida de um terrorista não poderia valer muita coisa, não é mesmo?


O que significa a tortura de um, se a vida de milhares está em jogo? O que significa a vida de um único indivíduo, caso sua perda corresponda a salvação de muitas outras? O que significa esses "direitos humanos" para pessoas que exatamente querem acabar com os "direitos humanos" de vez?



Precisamos de cães de guarda para defender nossos valores, como democracia, liberdade, igualdade e fraternidade. E os cães de guarda, meus amigos, devem ser mais terríveis que o lobo mau. Caso contrário, o lobo mau vai infernizar a vida das ovelhas, pois não vai temer o cão de guarda. Mas, agora, se o cão de guarda for terrível, se até o lobo mau temê-lo, aí sim, o lobo mau correrá muito e voltará para a floresta.


Dessa forma, Bush conduziu duas grande guerras contra o Terror. A primeira contra os talibãs no Afeganistão. Outra contra Saddam Hussein, no Iraque.


Mas Saddam Hussein tinha atacado os EUA no 11 de setembro?



Bem, na verdade, não. Mas Saddam era um inimigo dos EUA, não era? Saddam havia escarnecido do pai de Bush, não havia? E Saddam era mau. Bem, isso ele realmente era. Aliás, muito mau. Para citar um exemplo, ele muito provavelmente usou armas químicas contra os seus inimigos internos. Quando invadiu o Kwait, fez e aconteceu. Quando descobriu que Bush pai não o tiraria do poder, aos poucos, foi trucidando os xiitas que lhe fizeram oposição. Muita gente não gosta de Bush, pai e filho, mas isso não deveria fazer Saddam Hussein ser um cara legal e carismático para essa gente.



A questão é que, se confiarmos no que toda a imprensa afirma, Bush mentiu para iniciar a guerra contra Saddam. Bush assegurou a todos que o ditador iraquiano possuía armas de destruição em massa. Por isso, uma guerra preventiva era iminente. Podemos deixar Saddam, o louco, em paz, com suas armas de destruição em massa? Claro que não. Nós, norte-americanos, paladinos da democracia, defensores do mundo, temos o imperativo moral (bonito, hein?) de agir antes que ele aja
. Tipo, melhor atirar a primeira pedra antes de tê-la atirada em você. Sim, Bush acreditou em relatórios de várias agências. Mas as más línguas maldosamente, como é de seu costume, comentaram que o perigo das armas foi apenas um pretexto para a guerra. Não havia armas, como se provou depois, no entanto, a questão é se Bush, na época, acreditava ou não piamente nisso.



Podemos afirmar que sim, meus amigos!



Sim, Bush acreditava nisso e em muitas outras coisas mais! Podem ter certeza disso.



Um homem como aquele não poderia ter mentido assim. Seria muito sofisticado. Um bom mentiroso tem que acreditar em sua mentira. Hitler, por exemplo, com seus delírios de raça superior, foi um desses.



Começar uma guerra não é como ir ao cinema, ou comprar pão. Começar uma guerra é assunto sério. Os EUA, nessa matéria, deixaram muitos países para trás. Hoje, eles têm tudo. Podem matar um carrapato no cachorro de Pyongyang (e, provavelmente, nessa ação, matarão o cachorro, Pyongyang e tudo o que estiver no raio de um quilômetro). Dizem que tem a capacidade tática de enfrentar quatro guerras ao mesmo tempo (agora, que tipo de guerra? Com um país pequeno, grande ou médio? É bom saber, porque o nosso ministro está cobrando explicações a Obama e Hilary...). E, vamos falar a verdade, eles estão aprimorando essa questão de matar os outros sem morrer. Isso é o mais importante. Quando eles, finalmente, conseguirem esse artifício - usar só as máquinas na matança -, aí, meu amigo, não adianta chorar, reclamar ou contestar. Aí, eles vão dominar o mundo de cabo a rabo. Não tenha dúvida.



Mais um comentário sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque. É consenso dizer, com exceção dos republicanos, que as guerras foram um erro. Talvez não a do Afeganistão, já que os talibãs apoiaram Bin Laden, mas, pelo menos, a do Iraque. Na verdade, pouca gente percebeu que taticamente elas foram geniais. Essas guerras exportaram os ataques terroristas
. Os ataques terroristas, se continuassem no território dos EUA, poderiam levar o mundo ao caos. Mas, com as guerras, os terroristas decidiram atacar as forças ocupantes. Com isso, os assassínios, atentados, emboscadas, homens-bomba, suicidas e tudo o mais fica nos países problemáticos. E não nos EUA ou na Europa. Essa foi uma genialidade do governo Bush.



E não me venham dizer que os EUA agiram unilateralmente, sem o consenso do Conselho de Segurança. Aliás, consenso entre EUA, Inglaterra, França, Rússia e China, vamos combinar que é uma tarefa árdua de se conseguir. Mas, ainda assim, e com a ajuda da incansável Inglaterra de Tony Blair e de outros países, os EUA é que decidem de que forma é melhor dominar o mundo. Salvo se outro país ficar mais poderoso que ele...



Outras considerações podem e devem ser feitas, como, por exemplo, a exemplar atitude de Bush perante o furacão Katrina e o seu papel no combate à crise financeira mundial.



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Ainda precisamos de historiadores corajosos para revelar o papel incontestável de Bush na política e economia mundial.

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