domingo, 2 de agosto de 2009

George W. Bush


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Grandes líderes podem ser incompreendidos no presente.


Podem sair por baixo, com popularidade alarmantemente baixa e serem condenados por todos os erros dos outros (grandes líderes não erram!). Podem ser considerados um dos piores presidentes de todos os tempos! Podem ser alvo de críticas e sapatos! Podem ser acusados de financiar guerras para promover interesses particulares, de genialmente mentir para conseguir o que quer, e de continuar mentindo na cara dura! Muitíssimo fácil atacar leão manco e desdentado!


Mas ele foi - e isso será provado no futuro breve - um dos maiores líderes da humanidade! George W. Bush, um homem de origem humilde e trabalhador, um autodidata, um homem que não desiste nunca, vai ressurgir das cinzas e mostrar a todos por que ele é um grande líder.


Enquanto ele não faz isso, eu teço algumas considerações.


Em primeiro lugar, teve a eleição mais disputada de toda a História, que acabou empatada. Al Gore e George W. Bush pareciam defender os mesmos princípios econômicos, as mesmas ideias políticas - parecia que eles diziam a mesma coisa e, é claro, o eleitorado ficou dividido. Há sempre aquela atitude mais pop e mais carismática dos democratas, que tentam esconder falta de conteúdo em alguns casos (não, não estou me referindo ao Obama). E, no final da eleição, parece (só parece, não estou afirmando) que o Al Gore, defensor do meio ambiente, ganhou no voto popular. Mas ô lugar difícil para se entender uma eleição! Colégio eleitoral, delegados, super-delegados (tipo, um super-herói dos políticos?!)... E teve a votação na Flórida. Pegue uma cédula de voto de lá. Você iria ficar literalmente perdido! Mas a Corte Suprema, sempre imparcial, votou a favor de Bush.


E ele, o cara, foi eleito.


Convenhamos, depois do fim da União Soviética, os norte-americanos estavam um pouco perdidos. Não tinham um grande inimigo, nem nenhuma potência que os assombrasse. Tinha, é claro, o Saddan Hussein lá no Iraque, mas nenhum norte-americano ficaria acordado com medo que Saddam Hussein atacaria o sagrado solo norte-americano, berço da democracia e da liberdade.


Francis Fukuyama, por exemplo, já tinha afirmado que a história acabara, que a democracia e o capitalismo liberal dominariam o mundo. E parecia que Bill Clinton tinha feito tudo como manda o figurino. Então, muitos achavam que Bush seria somente mais do mesmo. Rotina. Depois de quatro anos, outro presidente continuaria a rotina. Os EUA nasceram para dominar e controlar... Desculpem, os EUA nasceram para guiar e liderar a humanidade. É o destino manifesto. Pronto.


Mas, eis que do mundo remoto surge um inimigo à altura de Bush. Bin Laden articulou o maior ataque terrorista de todos os tempos, matando mais civis em um único dia do que qualquer outro. Não usou bombas, não usou armas de destruição em massa, não usou nada disso. Usou a inteligência. Com um grupo pequeno de homens suicidas, equipados com armas de mão, Bin Laden fez o que ninguém pensou que poderia ser feito antes: usou os grandes aviões como armas. O impossível aconteceu. Com o ataque de 11 de setembro, os EUA, desde Pearl Harbour, tremeram. Nova York foi destroçada. Milhares de vítimas inocentes morreram. Um novo dia entrou para infâmia.


Para momentos difíceis, no entanto, os grandes líderes surgem. Bush, que havia sido um beberrão em sua juventude, que havia encontrado Jesus no meio do caminho! Bush mostrou a que veio. Logo, quando soube dos atentados, não se meteu em nenhuma base-buraco, mas decidiu, rápida e incisivamente, que os EUA deveriam atacar de volta. E quem eles atacariam? Saddam Hussein! Não, ele não. Segundo informações confidenciais, Bin Laden e Saddam Hussein são inimigos. Mas quem atacariam os EUA? Os talibãs que apoiaram Bin Laden.


Pronto! Agora, havia um grande inimigo. Um inimigo que deixava os norte-americanos, porque jogava um jogo sujo. Não declarava guerra por meios normais.


Assim, a guerra contra o Terror tornou-se o grande motivo dos dois governos Bush. Eles precisavam encontrar e matar Bin Laden e qualquer um que estivesse no caminho.
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Um grande líder precisa tomar decisões difíceis. Precisa ver além do que o homem e mulher comum veem. Precisa, como o filósofo alemão Nietzsche alcunhou, ir além do bem e do mal.



Ora, se uns poucos terroristas poderiam matar milhares de pessoas, a vida de um terrorista não poderia valer muita coisa, não é mesmo?


O que significa a tortura de um, se a vida de milhares está em jogo? O que significa a vida de um único indivíduo, caso sua perda corresponda a salvação de muitas outras? O que significa esses "direitos humanos" para pessoas que exatamente querem acabar com os "direitos humanos" de vez?



Precisamos de cães de guarda para defender nossos valores, como democracia, liberdade, igualdade e fraternidade. E os cães de guarda, meus amigos, devem ser mais terríveis que o lobo mau. Caso contrário, o lobo mau vai infernizar a vida das ovelhas, pois não vai temer o cão de guarda. Mas, agora, se o cão de guarda for terrível, se até o lobo mau temê-lo, aí sim, o lobo mau correrá muito e voltará para a floresta.


Dessa forma, Bush conduziu duas grande guerras contra o Terror. A primeira contra os talibãs no Afeganistão. Outra contra Saddam Hussein, no Iraque.


Mas Saddam Hussein tinha atacado os EUA no 11 de setembro?



Bem, na verdade, não. Mas Saddam era um inimigo dos EUA, não era? Saddam havia escarnecido do pai de Bush, não havia? E Saddam era mau. Bem, isso ele realmente era. Aliás, muito mau. Para citar um exemplo, ele muito provavelmente usou armas químicas contra os seus inimigos internos. Quando invadiu o Kwait, fez e aconteceu. Quando descobriu que Bush pai não o tiraria do poder, aos poucos, foi trucidando os xiitas que lhe fizeram oposição. Muita gente não gosta de Bush, pai e filho, mas isso não deveria fazer Saddam Hussein ser um cara legal e carismático para essa gente.



A questão é que, se confiarmos no que toda a imprensa afirma, Bush mentiu para iniciar a guerra contra Saddam. Bush assegurou a todos que o ditador iraquiano possuía armas de destruição em massa. Por isso, uma guerra preventiva era iminente. Podemos deixar Saddam, o louco, em paz, com suas armas de destruição em massa? Claro que não. Nós, norte-americanos, paladinos da democracia, defensores do mundo, temos o imperativo moral (bonito, hein?) de agir antes que ele aja
. Tipo, melhor atirar a primeira pedra antes de tê-la atirada em você. Sim, Bush acreditou em relatórios de várias agências. Mas as más línguas maldosamente, como é de seu costume, comentaram que o perigo das armas foi apenas um pretexto para a guerra. Não havia armas, como se provou depois, no entanto, a questão é se Bush, na época, acreditava ou não piamente nisso.



Podemos afirmar que sim, meus amigos!



Sim, Bush acreditava nisso e em muitas outras coisas mais! Podem ter certeza disso.



Um homem como aquele não poderia ter mentido assim. Seria muito sofisticado. Um bom mentiroso tem que acreditar em sua mentira. Hitler, por exemplo, com seus delírios de raça superior, foi um desses.



Começar uma guerra não é como ir ao cinema, ou comprar pão. Começar uma guerra é assunto sério. Os EUA, nessa matéria, deixaram muitos países para trás. Hoje, eles têm tudo. Podem matar um carrapato no cachorro de Pyongyang (e, provavelmente, nessa ação, matarão o cachorro, Pyongyang e tudo o que estiver no raio de um quilômetro). Dizem que tem a capacidade tática de enfrentar quatro guerras ao mesmo tempo (agora, que tipo de guerra? Com um país pequeno, grande ou médio? É bom saber, porque o nosso ministro está cobrando explicações a Obama e Hilary...). E, vamos falar a verdade, eles estão aprimorando essa questão de matar os outros sem morrer. Isso é o mais importante. Quando eles, finalmente, conseguirem esse artifício - usar só as máquinas na matança -, aí, meu amigo, não adianta chorar, reclamar ou contestar. Aí, eles vão dominar o mundo de cabo a rabo. Não tenha dúvida.



Mais um comentário sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque. É consenso dizer, com exceção dos republicanos, que as guerras foram um erro. Talvez não a do Afeganistão, já que os talibãs apoiaram Bin Laden, mas, pelo menos, a do Iraque. Na verdade, pouca gente percebeu que taticamente elas foram geniais. Essas guerras exportaram os ataques terroristas
. Os ataques terroristas, se continuassem no território dos EUA, poderiam levar o mundo ao caos. Mas, com as guerras, os terroristas decidiram atacar as forças ocupantes. Com isso, os assassínios, atentados, emboscadas, homens-bomba, suicidas e tudo o mais fica nos países problemáticos. E não nos EUA ou na Europa. Essa foi uma genialidade do governo Bush.



E não me venham dizer que os EUA agiram unilateralmente, sem o consenso do Conselho de Segurança. Aliás, consenso entre EUA, Inglaterra, França, Rússia e China, vamos combinar que é uma tarefa árdua de se conseguir. Mas, ainda assim, e com a ajuda da incansável Inglaterra de Tony Blair e de outros países, os EUA é que decidem de que forma é melhor dominar o mundo. Salvo se outro país ficar mais poderoso que ele...



Outras considerações podem e devem ser feitas, como, por exemplo, a exemplar atitude de Bush perante o furacão Katrina e o seu papel no combate à crise financeira mundial.



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Ainda precisamos de historiadores corajosos para revelar o papel incontestável de Bush na política e economia mundial.

2 comentários:

  1. quem foi o que escrveu isto?
    ninguem e eu digo que ninguem tem o direito de matar milhões de inocentes em uma guerra sem sentido e sem nexo como a guerra que o idiota do bush entrou, ele gastou milhões de dolares e pos o mundo em uma crise mundial, por que não fez nada quando ela começou a aparecer.

    os terroristas mataram milhares, mas o povo iraquiano tem que pagar com milhões de vidas? sera que a vida de um norte americano vale mais que a vidade de 10 talves 100 iraquianos?

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  2. Prezada Flari,
    Você não entendeu o objetivo deste blog.
    É só dar uma lida em outros posts que você vai entender.
    Claro que ninguém tem o direito de matar uma, mil ou milhões de vidas. Mas mesmo assim, eles matam.
    Mas aqui procuramos (ou procurávamos...) usar a sátira para denunciar isso...
    Fora isso, nenhuma vida vale mais do que outra.

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