Doutor Pangloss gritava:
“Me tirem daqui! Eu não sou louco! Era tudo faz de conta, tudo parte de um experimento! Eu exijo que me tirem daqui, seus desgraçados!”, e doutor Pangloss bufava, babava, batia as mãos na cabeça, caía no chão.
“Vê-se bem que o doido não tá doido”, disse a enfermeira para o enfermeiro.
“A primeira coisa que eles dizem é que não são doidos”, disse o enfermeiro para a enfermeira.
“Mas eu não sou doido. Eu sou um respeitado pesquisador de psicologia. Eu sou o eminente doutor Pangloss!”
“O seu colega da esquerda pensa que é Napoleão Bonaparte'”, disse a enfermeira.
“O da direita ora diz que é Lula, ora que é FHC. Realmente um caso muito interessante”, disse o enfermeiro.
“Mas eu não sou louco! Eu não sou louco”, esbravejou com fúria doutor Pangloss, o que deixou Lula/FHC ou FHC/Lula e o pobre Napoleão nervosos e agitados. A enfermeira olhou para o enfermeiro e este percebeu que era hora de dar o mata-leão no pobre doutor Pangloss. Este ainda tentou contra-atacar, mas o enfermeiro o agarrou enquanto a enfermeira injetava na veia o doce tranquilizante. E doutor Pangloss caiu em um sono sem sonhos…