sábado, 17 de setembro de 2011

Justiça: que sátira é possível?

Eu iria começar a série sobre experimentos ficcionais conforme alardeei no último post. No entanto, minha mão não consegue conter a indignação perante alguns fatos recentes de nossa justiça. Em outro post, A Justiça é boa… para os pobres criminosos (aliás, um dos posts mais visitados e nada comentados deste blog), eu afirmei que a justiça era muito boa para os pobres criminosos… Não, não tenho nada contra os bandidos a não ser o fato de eles quererem roubar, matar, estuprar, extorquir, fazer golpes, etc. Acho que eles devem ter os mesmos direitos que todos nós, desde que saibam que, se pegos, deveriam ir para cadeia! Eu só acho que, aqui, são os criminosos que têm direito, sobretudo os criminosos que podem pagar um bom advogado. Para o cidadão comum, pagador de impostos e de promessas, injuriado com os casos de corrupção e de continuísmo, aflito em relação ao aumento da inflação e do preço do pão, temeroso de encontrar uma bala perdida ou um bueiro em chamas, para este cidadão comum, a justiça não funciona. Ou, quando funciona, já é tarde demais! Tarda e falha! O cidadão comum que sofre uma violência, que vê algum familiar morto, que vê sua honra e de sua família agredida, bem esse cidadão deve se fiar que a justiça irá fazer Justiça. E o que ele vê? Quanto ele espera? Por quantos anos o “suspeito” (pois, se chamarmos o cara de culpado antes do trânsito em julgado podemos ser processados por calúnia e difamação e, nesse caso, a justiça é rápida e certeira…) vive, dorme na mesma cama, goza a vida? E depois o culpado consegue redução de pena, sai da cadeia e vive sua vida – e ainda, meus amigos, pode processar você se você ousar chamá-lo de culpado!

Não estou dizendo que o melhor método de tratar os criminosos seria eliminá-los, como Charles Bronson, Clint Eastwood (Dirt Harry…) faziam. Mas um pouco mais de penalidade dentro dos limites da lei! Ou que a justiça faça Justiça…

Outros poderiam argumentar (normalmente advogados…): “Olha, Tito, você pode um dia precisar de nossos serviços, mesmo sendo inocente! Não fica pedindo aumento de penalidade, não, tá?” Ao que respondo: Pode ser, caro amigo. Mas aí – ai de mim! Quem mandou eu reclamar?

Mas reclamo!

Casos recentes de arquivamento de processos de homicídio, de assassinato de juíza, de morte de menino por policiais, da liberação de um ex-jogador de futebol… Realmente, nenhuma sátira pode chegar aos pés dessa realidade toda.

Precisaríamos de um Swift, de um Gogol ou de um Bulgakov!

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