domingo, 18 de novembro de 2012

Terra e vida inteligente

(Vai com um pouco de atraso esse texto escrito no dia dos finados... A preguiça e outros fatores me impediram de publicá-lo na data correta.)

Despertei neste dia de finados com dois bons textos sobre a possibilidade de vida inteligente fora deste humilde planeta.
São eles: Quão rara é a Terra?, do físico Marcelo Gleiser; e A vida como ela é, de Hélio Schwartzman (ambos da Folha de São Paulo).
Nesses textos, discute-se a descoberta do satélite Kepler de que há aproximadamente 10 bilhões de planetas com massa semelhante à da Terra.
Com isso se aumentam as possibilidades de existir vida inteligente fora da Terra, certo?
Errado.

 A Terra é muito mais excepcional do que a sua massa ou mesmo de sua distância do sol.
Enquanto a vida unicelular parece ser uma praga cósmica (sem trocadilhos...), a vida multicelular pode ser muito mais improvável de ocorrer do que reza nossa vã filosofia. E, a não ser que você acredite em uma bactéria capaz de se autoconhecer e discutir filosofia, política ou futebol, então fica muito complicado acreditar que haja vida inteligente fora da Terra (ainda volto a esse ponto do debate...).
Por exemplo, a Terra, por ação do mero acaso ou da mão divina, embora uma coisa não exclua a outra (mas isso é outro assunto), possui uma Lua pesadona, o que confere ao nosso planeta uma estabilidade rotacional e um ângulo de 23,5 . Tal estabilidade conduz a um clima mais ou menos previsível, o que ajudou não só os meteorologistas mas também aos seres mais complexos a saírem do armário. Além disso, há outras conjunturas que ajudaram a evolução dos seres "superiores", como um campo eletromagnético que nos protege de radiação solar e outras, uma atmosfera oxigenada, um planeta grandão, Júpiter, que serve como um aspirador de pó (essa imagem é do Hélio Schwartzman...) gravitacional que desvia vários problemas como cometas e asteroides (mas isso não ajudou muito os dinossauros), entre outras peculiaridades estatísticas..
É muito otimista - para dizer o mínimo - considerar que há vida fora da Terra muito simplesmente por haver planetas de massa similar.
Além disso, ainda há dúvidas sobre a inevitabilidade da inteligência mesmo em planetas onde a vida floresceu. Podemos nos perguntar se, dadas as mesmas condições iniciais, se a vida iria gerar aqueles seres que acreditam que pensam... Muito provavelmente, não.
A probabilidade está do lado de que a Terra seja um evento raro no universo. Raríssimo...
E quanto à existência de vida inteligente na Terra...?
Bem, acho que os golfinhos, as baleias, os elefantes e outors animais são bem inteligentes...
E, vocês, o que acham?

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