sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crise no cartão de crédito mundial

Tudo depende de quem possui a crise no cartão de crédito. Isso é fato. E percebi isso nesta última semana.

Ora, eu já fui rebaixado várias vezes pelas as agências de avaliação de crédito, já recebi ameaças de cobradores por telefone, e-mail, correios e o que mais você pensar. E meu limite de crédito foi expandido. Para eu gastar mais. Para a economia girar (e eu me afundar…). Para ser devorado pelos corrosivos juros. O negócio são os negócios, leitor.

Assim, os EUA tiveram que pedir maior limite de endividamento. Conseguiram. E depois tiveram sua nota rebaixada. Por uma agência que já tinha errado em 2008. Os comandantes dos EUA, Obama no meio, dizem que a agência errou. Um erro de uns dois trilhões de dólares. Mas tudo bem!

Os EUA foram rebaixados, e os investidores venderam seus ativos nos países emergentes para, pasmem!, comprarem títulos da dívida dos… EUA.

Isso é que é ter nome bom na praça!

Mas claro que há pessoas reclamando. A China, essa obediente formiga no mercado internacional, criticou duramente a cigarra americana. “Estamos trabalhando, estamos poupando, estamos comprando o seu luxo, seus desgraçados capitalistas!”, parece rugir a formiga vermelha. A cigarra americana (que reclama ser chamada cigarra – já trabalhou tanto!) olha desconfiada, mas reafirma sua arrogância, opa, sua capacidade de superar crises.

É claro que, se você pegar algum volumoso manual de economia, que cita um trilhão de economistas mortos e de suas teorias econômicas, você vai perceber que há dois tipos de atores em uma economia: as formigas (os que trabalham) e as cigarras (os que gastam). Mas o interessante é que o sonho das formigas é se tornar cigarras! E, depois de enriquecer, é exatamente isso o que fazem! Ainda mais claro está que esse modelo econômico devorador-consumista está devorando e consumindo todos os nossos recursos. Mas tudo bem! Esse é o melhor sistema econômico que temos, não é mesmo? O que melhor se adequa a nossos instintos nada básicos.

Mas o mundo vai que vai. E o mundo não vai acabar (pelo menos, ainda!).

Ora, o que faríamos se o mundo falisse? Iríamos para Marte?

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