domingo, 28 de agosto de 2011

Sobre escrever e… blogar

Pode parecer um paradoxo – e é! – mas estou dividido entre escrever e blogar.
Constituí este blog com o intuito de tratar temas e assuntos contemporâneos e eternos por meio de uma viés satírico. Além disso, seguindo uma linha mais filosófica (se assim podemos defini-la), tentei esboçar algumas propostas modestas nos moldes das propostas de Jonathan Swift. Essas propostas visam resolver alguns problemas da humanidade com algum meio absurdo – por exemplo, Swift propôs terminar com a pobreza na Irlanda por meio do comércio de recém-nascidos para consumo dos ricos. Isso mesmo. Legal, né, leitor?
Em minhas modestas propostas, já defendi: a expulsão de todos os não-índios do Brasil (se seguirmos fielmente a Constituição de 88…); a escravidão dos brancos e dos eurodescendentes para reparação da escravidão dos africanos; a legalização total e irrestrita das drogas para o avanço do capitalismo; o Big Brother da Política na época eleitoral (veja aqui).
Outra vertente satírico-filosófica são as considerações sobre a paixão e ilusão humanas. Gosto muito de observar as pessoas enquanto elas assistem o seu time perder/ganhar para outro. Há ali uma reação puramente emocional. O “meu” time perdeu/ganhou. Sim, mas e daí? No entanto, em um limite extremo, morre-se e mata-se em nome de um “time”. Vá lá, leitor, e troque time por país, ideia, religião…
Com certeza, tive muito prazer em “blogar” esses textos. E blogar aqui se coadunou com escrever.
No entanto, o tempo é escasso. Trabalho para botar comida na mesa e esse trabalho ainda não é o meu trabalho de escrita.
Dessa forma, o que já vinha acontecendo tornou-se institucional. Não estou enterrando os Santas Sátiras, mas apenas me convencendo a dar mais tempo para minha escrita (a maioria são peças teatrais. Pretendo também escrever um romance satírico-histérico-realista. Aliás, o movimento do realismo histérico, defenestrado pelo crítico James Woods, é um dos mais importantes deste começo de século… Mas isso é outro papo!).
Claro que, nesse tipo de labuta, tudo é incerteza. Escrevemos, porque… Sei lá eu o porquê! Posso afirmar, no entanto, em que há raros momentos que ficamos embriagados com esse elixir que é a escrita. Raros momentos, porque, na maioria, ficamos tensos, estressados e insatisfeitos. Mas, como um vício, procuramos sempre esse momento de indizível prazer… Pronto! Só isso! Nunca mais falo de escrita. Vou escrever meus textos e ficar calado em relação a isso.
No entanto, só reclamo aqui com vocês e comigo mesmo.
Vida longa e prosperidade ao Santas Sátiras.
Que eu consiga me virar!

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