
Na medida do possível, este blog tem um único propósito: apresentar sátiras sobre assuntos caquéticos, contemporâneos e eternos. Assuntos humanos. Só.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Humilde Proposta para a Reparação aos Afrodescendentes pelas terríveis e inenarráveis dores da Escravidão no Brasil

segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Crítica deste Blog por Macaco Tião ou Como é Fácil Satirizar Políticos
Volto aqui, meus amigos e amigas humanos!
Sei que estive um tempo fora, mas acredito que vocês possam me perdoar. Há muita gente e muitas atividades aqui, neste outro lado da vida. Só não digo onde estou, se no céu ou se no inferno. Creio que os mais inteligentes tenham percebido onde atualmente resido.
Venho aqui para fazer uma reclamação. Uma reclamação contra este blog e contra seu autor.
Este blog, quando fui convidado a participar dele, tinha um propósito maior do que a simples crítica política.
Não que a política não mereça todas as críticas possíveis e impossíveis. Mesmo em minha espécie, há essa raça, a chamada raça política, que, por meio de subterfúgios, de demagogias, de sutilezas, de (falsas) promessas, de conchavos, de traições, tenta nos levar na lábia, no papo, na palavra, na falácia, sempre se afirmando indispensável para o progresso da espécie, progresso ou o escambau. Poucos políticos foram honestos em seus interesses e ideais. Raros não transformaram seu ideal em interesse. Em seus métodos, honestidade não é uma virtude, mas um vício. A hipocrisia reina soberana.
Sim, os políticos são todos hipócritas. Se não é hipócrita, vai ser. Não duvidem dessa máxima. E alguns políticos, normalmente os considerados mais astutos, veem na hipocrisia a salvação.
Por essas e outras razões, em qualquer época e em qualquer lugar, os políticos merecerão ser alvos de sátiras, humor, escárnio, ódio, temor e admiração. Quantos não gostariam de estar no lugar deles? Os mais santos, provavelmente.
Estou sendo cínico? Pessimista? Poupem-me. Só falo a verdade. E somente a verdade.
Nós, primatas, que somos o ápice da evolução, somos também o mais político do grupo dos animais. E vocês, humanos, estão no topo da cadeia alimentar da politicalha.
Algum ser humano bem intencionado (e aqui onde estou está repleto de gente bem intencionada!) poderia argumentar que, sendo a política muito "importante", deveríamos, sim, discuti-la a todo momento. Pronto, esse ser humano está próximo de se tornar um político. Mais um pouco, estará pedindo seu voto. Minha acusação não desmerece a importância da política, mas, sim, desmerece a importância dos políticos. Digo apenas que é muito fácil criticar essa "classe". Pensei que aqui seria um lugar de críticas mais refinadas!
Enfim, eu acuso o autor deste blog de ser pedestre! Que assunto mais chão, mais comezinho, mais lugar-comum, mais corriqueiro do que a política? Receptáculo de banalidades, de chavões e de estereótipos!
Pensei que seríamos mais filosóficos, que alçaríamos voos mais altos, que, sem piedade nem dó, criticaríamos a humanidade como um todo. Ledo engano. Vã tentativa!
Ora, creio eu que devemos atacar a vã pretensão humana de ser o ápice da criação, quando a criação grita de pavor perante sua não muito humilde criatura.
Quero meu dinheiro de volta. E minha dignidade, também.
Fora políticos! Fora politicalha!
Inclusive daqui!
sábado, 22 de agosto de 2009
A (in)decisão de Mercadante ou Sobre a Coerência Política
Não podeira deixar de passar em branco a atitude do senador-mais-votado-do-Brasil Aloizio Mercadante.
Apesar do nome ser de Mercadante, nunca vi ninguém acusar Mercadante de usar seus votos no mercado politiqueiro, sobretudo no mercado informal (praga de nossa cultura de cumpadrismo).
E Mercadante sempre foi um nome forte de nossa política brasileira.
Por isso, eu digo que Mercadante é o exemplo último da coerência política e, em particular, da política brasileira.
Um dia ele afirma: Vou sair em caráter irrevogável.
No dia seguinte, completa: não vou sair!
Pode parecer que outros políticos tenham mais coerência do que o Mercadante.
Sim, houve em nossa história, e em nossa história recentíssima, políticos que nos honraram com doses cavalares de coerência política.
Mas, que eu me lembre, ainda que minha memória seja de peixe, nenhum político conseguiu ser tão coerente em menos de vinte e quatro horas.
De irrevogável para revogável, bastou um papo.
Então, parabéns para Mercadante, o político mais coerente do Brasil. Os seus eleitores também deveriam ter o mesmo tipo de coerência.
Aliás, para quem não percebeu e parafraseando Pascal, a coerência política possui razões que a própria razão desconhece.
domingo, 16 de agosto de 2009
Fatos, Versões e Ficções
Meus amigos,
Muitos duvidam (na maioria, os políticos, mas eu não entendo o porquê...) de que a imprensa é uma das mais importantes ferramentas da democracia e da liberdade. Uma imprensa livre é sinônimo de um pais livre, pois, sem imprensa livre, só ouviríamos a opinião dos orgulhosos e opressores. Basta olhar para todos os lados e ver que a "mídia" sempre defendeu a moral e os bons costumes! Se os políticos reclamam que os jornalistas podem cometer excessos, ai deles! Porque qual excesso o pior: o dos jornalistas ou o dos políticos?
Sim, defendo o jornalismo livre. E ainda defendo o jornalismo imparcial! De tanto os jornalistas e outros teóricos repetirem isso, acredito fielmente. Se eu for parar para pesquisar tudo que passa na grande mídia, ficarei maluco, não é mesmo? Sou um desses caras ingênuos e idealistas, como o Cavalheiro da Triste Figura, que sempre crê no que lê e, como Dom Quixote creu nos cavalheiros que leu, eu também deveras creio em tudo que leio.
Por isso, minha cabeça deu voltas e mais voltas para poder tudo entender. Tudo o que vi e tudo que li, nesta última semana. Eu sei que não sou nenhum gênio, mas também não sou nenhum ignorante. Pode ser uma deficiência de omega 3 em minha alimentação, pois meus neurônios, por alguns breves momentos, ensandeceram. E, se meus neurônios ensandecerem, corro um sério risco de perder a razão. Ou achar que todos os outros a perderam, menos eu, com toda a certeza. Mas voltemos ao nosso assunto.
Primeiro, o que li.
Dois grandes jornais de São Paulo me chamaram a atenção na cobertura do lucro da nossa (de todos os brasileiros, vejam bem) Petrobrás. Os dois jornais são A Folha de São Paulo e O Estadão. Aquela dizia que a Petrobrás teve um recuo de 20% em seu lucro, enquanto este nos informava que a estatal teve um aumento de 33% em seu lucro. Ou será que foi o contrário? Não me recordo mais, no entanto, se quiser saber, é só ir no ótimo (sem ironias!!!) blog Doidivana da escritora Ivana Arruda Leite (no post As Muitas Faces da Realidade) - aliás, foi neste blog que percebi a comparação. Pois, eu, a princípio, não entendi. Como pode um jornal de prestígio contradizer outro jornal de renome? Eu pensei que, talvez, os seus jornalistas houvessem cometido um engano, pois, afinal, errar é humano, aliás, demasiado humano. Mas, mesmo assim, um nobre amigo, chamado Olhe-Nos-Detalhes, mandou-me, como vocês devem imaginar, olhar nos detalhes. O jornal que afirmava que houve queda - não me lembro qual - afirmou que houve queda em relação ao mesmo período em 2008. O outro, que disse que houve aumento, detalhou que houve aumento em comparação ao período anterior.
Assim, estavam ambos corretíssimos. É só uma questão de perspectiva. Ah graças a Deus, pensei comigo, ainda bem que podemos confiar nos nossos jornalistas e nos jornais de renome. O fato de a queda e o aumento estarem publicados em letras garrafais na manchete não diminui, em nada, a idoneidade dos jornais. Eles publicaram a verdade, não publicaram? Cada um em sua perspectiva, mas a verdade. Um amigo, mais pessimista, que já não acredita na humanidade, argumentou, no entanto, de que, no jornalismo, o mais importante não são os fatos, mas, sim, a ênfase. Se um jornalista quiser, ele pode enfatizar o que é mais agradável ou não... Assim, no caso em tela, o que houve não foi um aumento ou uma queda no lucro, mas um valoração ou depreciação, subliminares, da referida empresa nos interesses dos respectivos jornais... Mas eu não acredito nisso. Acredito na humanidade! Acredito nos jornais, jornalistas e donos de jornais! Foi só um detalhe, um mero detalhe.
Em segundo, o que vi e continuo vendo.
Várias acusações contra o Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, foram feitas nos últimos dias. Até aí nada demais - pelo menos para mim e para vocês, mas não para o Bispo, é claro. Não vou entrar também na questão religiosa. Se o Bispo desviou ou não. Isso aí é com a Justiça. Se houve roubo, desvio ou falcatrua, que o Ministério Público condene o Bispo e todos mais. Se não houve nada disso, vida longa ao Bispo! Não vou discutir religião. Cada um tem a sua. O que vou discutir são os fatos e O fato inusitado é que, se eu assisto os telejornais da Globo ou os telejornais da Record, eu terei uma visão completamente contrária dos fatos. Assisto os dois, é claro (apesar de perder uma ou outra cena de minha novelas!!!). E fico confuso. Um diz uma coisa, outro diz outra. Um acusa o outro.
Meu amigo pessimista me afirmou que a imparcialidade jornalística só ocorre quando não toca os interesses dos donos dos jornais. O que vale também para dono de emissoras e etc. Em seu raciocínio, ele me pergunta: "a Record não é um incômodo para a Globo? E a Globo não é um inimigo da Record? Então, eles vão usar todas as armas disponíveis..." Rebato dizendo que ele, meu amigo pessimista, é muito... pessimista e que os jornalistas que trabalham tanto na Globo quanto na Record não se deixariam vender a um preço tão baixo. Onde está a ética profissional? Onde está a verdade e a imparcialidade? - perguntei para meu amigo.
Ele deu com os ombros e disse, maliciosamente: "Se você acredita neles..."
Pois, sim! Eu acredito! Acredito fielmente. Por que não acreditaria? Eles são jornalistas. Devem procurar a verdade. E só a verdade. Acho que eles passam por uma verdadeira lavagem cerebral no curso de jornalismo para conseguirem alcançar esse objetivo, o da busca da verdade, pois, em nosso cotidiano, não gostamos muito de saber da verdade, nos contentamos com as fofocas, ou, mais cientificamente, versões distorcidas da realidade. É verdade que o STF terminou com a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Não critico o STF, cuja sabedoria jurídica é infinita, mas ainda é cedo para dizer se sua decisão foi ou não benéfica.
Enquanto isso, creio que tanto o jornalismo da Record quanto o da Globo, cujos jornalistas todos devem ter apresentado o seu diploma, estão apenas se empenhando o máximo possível para nos dar uma cobertura isenta e imparcial (não serão sinônimos?) dos fatos.
Vocês também não acham?
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Privada Pública ou Consideração Filosófica sobre a Grande e Pequena Corrupções

Após ler e pensar o que acima escrevi, fui me deitar. Não consegui dormir (por causa da indignação, esse verme que nos devora?) e, quando me conciliei com o Morfeu, tive um sonho deveras estranho.
Estava eu a caminhar pela calçada quando vi um único homem encostar-se em um poste, abrir a braguilha e urinar. No meio da rua, no meio de toda gente. Fiquei espantado com tamanha ousadia, mas meu espanto ficou ainda maior quando percebi que ninguém ligava, ninguém se importava. E, depois, vi outro homem, na padaria, sacar sua arma e começar a mijar na porta mesmo do estabelecimento. Outro, mais idoso, também seguiu o mesmo caminho. Quando percebi, assombrado, que a maioria dos homens estava fazendo da rua sua pública privada. Até um funcionário da prefeitura! Um policial, igualmente! Corri, pois não aguentava mais o fedor! Mas, em todos os lugares, o mesmo e absurdo comportamento. E vi ainda carros passando sinais vermelhos e estacionando em locais proibidos. Policiais levando uma propina da boa. Vendedores de cds e dvds piratas vendendo livremente seus produtos piratas! Um absurdo após outro. Estava asfixiado pelo fedor e pela amoralidade! Sim, estava no inferno ou no Brasil...? Tudo estava errado! Só eu que via isso! A tv, em uma loja, onde o vendedor urinava perto do hidrante, transmitia políticos honrados, fazendo declarações e rindo. Depois, esses mesmo políticos apareceram urinando nas ruas de Brasília. Mas eles eram monstros gigantes, com tremendos falos, aparecendo ao lado do congresso nacional. E seu mijo era um rio! Um imenso rio de urina! E todos, em minha volta, começaram a rir e a comentar: "Fazer o quê? Se eu estivesse lá, também roubava tudo e todos! E você?" Foi o que me perguntaram. Quando fiquei calado, se espantaram. E começaram a me inquirir: não vai mijar, não? Não vai dar propina, não? Não vai roubar, não?
E fiquei com medo! Gritei! Assustado, corri e todos correram atrás de mim. Homens, mulheres e crianças, que urinavam na rua, me olharam angustiados! Estavam todos atrás de mim. Corri como se fosse minha última esperança! E, no momento em que me encurralaram, graças a Deus, acordei. Todo suado, é claro, mas não havia urinado na cama.
Liguei a tv e vi os casos de escândalos de políticos. Vi uma reportagem sobre os males das pequenas infrações! E - eureka!, gritei - considerei o que tinha lido e o que tinha sonhado! Vi, como uma imagem profética, a pequena corrupção, aquela do dia-a-dia, e a grande corrupção, aquela das grandes mamatas! Vi o elo entre elas, entre a propina que damos para o guarda (para liberar a nossa barra) e a propina que o político pede dos grandes empreiteiros! Vi que o rio de urina, que começa pequeno, transforma-se no amazonas de excreções (não só de urinas!) e de corrupções que empesteia nosso país! As janelas estão todas quebradas, mais quebradas impossível!, e todos fazem o que querem aqui!
É preciso um grande político! Um grande líder que tenha tolerância-zero com a corrupção! Um Líder que ponha em prática a teoria das janelas quebradas! Um líder que não tenha medo, nem teto de vidro! Um líder que tenha a moral ilibada e que não tenha medo de nada!
Mas que digo eu? Já não temos um grande líder assim?!? Tomara que ele tenha tempo para limpar esse país de cabo a rabo!
sábado, 8 de agosto de 2009
Sátira como forma de Pensamento
Bem, as definições de sátira dos dicionários e enciclopédias (Wikipedia, sendo a principal fonte deste homem da internet) a caracterizam como sendo um gênero literário, podendo abranger outras formas de expressão, que, por meio do humor, da ironia, do exagero, do burlesco, critica os costumes, os vícios, as loucuras, os abusos, as hipocrisias, os cinismos e... - enfim, tudo o que o humano põe no mundo, quando está de boa vontade, não é mesmo? Essa é a definição, por assim dizer, já canonizada (pois está nos dicionários!!!). Eu gostaria, na minha humilíssima humildade, de dar a minha pequena contribuição.
A questão, aqui e agora, é como vejo que a sátira é uma forma de pensamento e, com isso, uma forma de entender o mundo.
Há filósofos, historiadores, físicos, cientistas sociais e muitos outros que pretendem entender alguma coisa desse caos a que chamamos realidade. Todos sérios demais, porém. Todos, vestindo terno e gravata, escrevendo artigos para revistas sisudas, aparecendo em entrevistas para telejornais entediantes! E todos com o mesmo tom! O discurso pode ser completamente diferente. Um sociólogo pode ser o inimigo mortal de outro sociólogo, mas o tom de seus discursos vai ser o mesmo. E por quê?
Porque o ser humano se leva a sério demais! Quer parecer o todo-importante, o ápice da evolução, a razão de ser do universo.
Mas o que é o ser humano para o universo? Nada? Ou a medida de todas as coisas, como já foi proferido?
Somos menos que poeira para o universo, mas tudo bem. Ainda somos importantes. Pelo menos para nós mesmos, não é? Se não formos importantes uns para os outros, seremos menos que humanos.
É só olhar à nossa volta para percebermos como a vida humana muito vale. Todos os dias me surpreendo com a capacidade do bicho homem de fazer mal ao bicho homem. É um espetáculo de crueldades e absurdos! É incrível o singular poder da maldade e da preguiça.
Da maldade, todos falam mal, é bem compreensível, pois, se não pudermos falar mal da maldade, de quê ou quem poderemos falar mal?
A preguiça, no entanto, é subestimada. Muitas crueldades ocorrem por pura omissão. E omissão por quê? Por preguiça! Mas isso é assunto para outro texto. Neste, reafirmo a valorização da sátira.
Pois é aqui que a reafirmo! A sátira é "importante" para desmascarar os falsos valores, os falsos ídolos e a falsa moral que os humanos mostram como se fossem verdades absolutas e não meras hipocrisias. Hipocrisias para ocultar os interesses e os vícios. Hipocrisia como única homenagem do vício à virtude.
Dessa forma, afirmo que os sátiros são aquelas pessoas que levam às últimas consequências os valores da humanidade. Pois um hipócrita vai sempre dizer que segue os melhores valores, que ninguém tem mais moral do que ele (isso lembra a fala de alguém?) e que os outros é que são canalhas e ladrões. Um hipócrita publicamente vai defender os valores que, no seu particular, escarnece. O sátiro vai se levantar contra isso. Vai se indignar, vai se revoltar e, em vez de ficar calado em sua casa, na segurança do anonimato, vai publicar os seus textos para os outros verem!
Grandes sátiros foram assim. E, usando os poderes da ironia e da paródia, ampliam e distorcem a realidade, pois a realidade já foi distorcida e estuprada pelos malfeitores!
Os malfeitores roubam, matam, estupram e, em seguida, na maior inocência, clamam honestidade e honradez. O sátiro, com seu dedo sujo, aponta essa discrepância absurda! Pois, para eles, o mundo não deveria ser assim. Deveria ser mais. E melhor!
Sim, os sátiros são pessoas que, normalmente, após idealizarem muito os seres humanos, se decepcionam e ruminam contra a própria raça seus venosos textos!
Esta é a verdade!
Assim, entender satiricamente o mundo é enxergar o mundo despido de todas as mentiras.
Se isso for possível sem enlouquecer...
Brasileiros e brasileiras, ou, tanto faz, humanos
Estou aqui novamente, amigos meus.
Venho comentar essas últimas sórdidas notícias. Notícias desse "grande" país chamado Brasil. Bando estranho esse! Países! Como vocês conseguem catar piolho de tanta gente? Prefiro bandos menores...
Mas voltemos ao nosso assunto.
Um grande escritor (pois vocês não sabem, mas aprendi a ler enquanto estava em meu presídio - que vocês carinhosamente chamavam zoológico), chamado Isaac Bashevis Singer, escreveu, uma vez, que o mundo era uma combinação de matadouro, bordel e asilo de loucos.
Desnecessário afirmar que concordo com ele. De minhas observações, noto que o caminho da humanidade é a insânia completa. Tanto mais insano quanto mais razões vocês dão para os seus crimes.
Aqui, no Brasil, vemos o ocaso dos políticos, em especial, dos senadores da República.
Vejam bem, não sou de nenhum partido.
Se fosse, seria do partido dos Chimpanzés (porque não me dou muito bem com gorilas, orangotangos, humanos e outros primatas), mas, mesmo no partido dos Chimpanzés, há muitos problemas de relacionamento. Mas, vá lá, não sou de nenhum partido. Todos se quebram diante dos interesses ocultos.
Os partidos de Ontem, quando comparados com a situação de Hoje, veem-se esvaziados de ideais e bojudos de vergonhas. Ou melhor, de sem-vergonhas. É a história de todos os partidos. Não só dos brasileiros. Não só de um partido, em particular, que, há pouco, assumiu o poder. Nem de outro partido que, há muitos anos, vive do poder, para o poder e com o poder.
Quem assume a responsabilidade do poder, pega na chave do Tesouro. E são muitos os que querem agradar os detentores da chave do Tesouro. Interesses e ideias se misturam. O que era ruim em um momento, torna-se excelente negócio em outro.
Vale tudo para manter a popularidade. Se ela estiver alta, ótimo. Se estiver baixa, é só fazer um programa social.
Um brasileiro gritou: Não aguento mais o Brasil!
Pois eu afirmo que, se ele fosse sueco, angolano ou norte-americano, não aguentaria a Suécia, Angola ou os EUA.
O problema não está no ser brasileiro ou no ser político, mas, sim, no ser humano
.
Há um ditado: o poder corrompe. Um grande escritor, Frank Herbert, não concordava. Afirmava ele que o poder atrai os corruptos. E que o poder absoluto atrai os absolutamente corruptíveis.
Sou mais radical: acredito que todos os humanos são corruptos. Mesmo os mais inocentes. É só achar o momento propício!
Assim, o que está acontecendo no Senado, se olharmos bem para os outros poderes, será tão diferente assim? O Senado está passando por uma crise. Uma crise em que as máscaras começam a cair, a verdade é dita, a mentira é gritada, e as hipocrisias todas se encontram.
Realmente, um verdadeiro circo. Não o Senado, Deus me livre de falar mal de tão distinta instituição (é só assistir a TV Senado para percebemos como ela é distinta!), mas toda a raça humana.
Eu me rio das humanadas (em comparação ao que vocês chamam macacadas) que vocês faziam enquanto estava em minha jaula, e agora, do Limbo, continuo rindo.
Bem, até a próxima.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Os Bons Companheiros ou, melhor, Os Intocáveis
Meus amigos,
Muito felizes nós devemos ficar com a reconciliação entre antigos inimigos ou, no mínimo, adversários, que se dedicaram, por tanto tempo, a ferozmente se criticar. Vemos como é boa a natureza humana quando observamos esses novos amigos em ação, tão amigos que nem pareciam ter sido inimigos no passado. Mais uma vez, podemos agradecer à inata qualidade de todo e qualquer brasileiro: sua cordialidade. E, nessa cordialidade, a capacidade de tudo no passado deixar. De tornar-se amigo do peito, camarada e colega de quem, antes... Bem, antes não importa mais!
Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, finalmente, se encontraram e emocionadamente se abraçaram, deixando, para trás, desavenças, desatinos e desacordos.
Podemos realmente argumentar se o relacionamento desses dois grandes homens - e grandes líderes - não foi atrapalhado pela barulhenta mídia. Se eles pudessem ter antes, lá em 1989, se encontrado e conversado mais detidamente, sem o intermédio de insensatos jornalistas e de fanáticos partidários, muito provável é que vissem, um no outro, e outro no um, menos diferenças que semelhanças.
Não afirmo que, em 1989, eles tivessem alguma semelhança em suas políticas, ou em seus programas econômicos ou, mesmo, em suas afeições eletivas, se assim podemos dizer. Não. Talvez tudo tenha ocorrido segundo a Divina Providência. Talvez, por serem tão iguais em seus anseios e ambições, eles não pudessem ver que melhor poderiam trabalhar juntos que separados. Anseios e ambições, digo logo, de melhorar a sofrida vida do povo brasileiro! Anseios e ambições de, antes de tudo e qualquer coisa, o que importa é a popularidade e as próximas eleições!
Claro está que, em 1989, eles eram muito diferentes. Diferenças em tudo. Parece que aquela eleição foi uma eleição entre a Esquerda e a Direita, entre o Comunismo e o Capitalismo. Pois, vejam bem, meus amigos, no Brasil, Lula e Collor foram verso e inverso, certo e errado, errado e certo - não necessariamente nessa ordem. Ainda assim, sendo eles tão distantes em concepções de mundo, parece que eles não eram tão contrários na maneira de ser.
Pois se hoje tão bem se dão. São, hoje, bons companheiros. Companheiros que lutam e brigam pelo mesmo objetivo. Proteger Sarney, grande brasileiro. Três presidentes e um único objetivo - momentâneo, fugaz, rápido -, mas, ainda assim, unidos, unidos para vencer e para massacrar qualquer um que a eles se oponha. Vide o Pedro Simon.
Quando a tropa de choque sai em defesa do correto (em sua concepção, claro está), tudo é possível. Atacar mãe, pai, sobrinho, neta e seu namorado! Bem, não fizeram isso com o pobre do Sarney? E, agora, me vem a mente, já tão cansada de ouvir os mesmos argumentos de sempre, que esses bons companheiros, na verdade, não são dois, mas três: Lula, Collor e Sarney.
Os verdadeiros. Os únicos. Os bons companheiros.
Todos já foram presidentes, todos passaram por bons e maus momentos, todos já brigaram com cada um ou com todos. E, agora, estão unidos. Como é boa a humanidade. Como é linda a capacidade do perdão!
Se, em 1989, eles se odiavam. Hoje, se amam. Convenhamos, eles ficam muito bem juntos. É uma verdade popular, mas não menos verdadeira de que Deus escreve certo por linhas tortas. Às vezes, tortas demais!
Vejamos o caminho de cada um.
Collor bateu Lula em 1989, fazendo o que todos faziam quando batia no Sarney. Vá lá, o bater aqui é uma metáfora ou metonímia, não sei bem. Mostrou que tinha aquilo roxo, mostrou que era cabra-macho. Corria para um lado, corria para o outro. Tentou matar o bicho inflação, mas o bicho inflação foi mais esperto e comeu, comeu, comeu até mais gordo do que nunca ficar. Caçando marajás, um terrível inimigo fincou-se dentro de suas linhas. PC Farias! Esse sim foi o responsável fatal. Uma série de, até hoje, discutíveis denúncias o afastaram do poder. Um impeachment! E, logo, contra o primeiro presidente eleito, depois de anos da ditadura, segundo alguns, ditabranda. Mas Collor afirmou que tudo foi perseguição e calúnia. Que provaria na Justiça que era um homem honrado e nobre. Depois de amargar seu exílio político, voltou mais forte do que nunca como senador da república. Grande e velho Senado! Onde há tantos insignes homens e mulheres!
Lula, depois de 1989, amargou duas vezes o segundo lugar contra Fernando Henrique. Essa foi a doce vingança. Todo mundo achava que Lula ganharia depois de Collor e Itamar. Todo mundo. Até ele. Principalmente, ele. E, no meio do caminho, tinha uma moeda. O real. E, atrás do real, por cima do real, do lado do real, estava Fernando Henrique Cardoso. Um sociólogo meio sem graça, que havia se tornado político meio sem querer... E Lula perdeu. Duas vezes. No primeiro turno. Bem, mas isso é passado. Lula é brasileiro e brasileiro não desiste nunca. Só às vezes. Mudou estrategicamente sua campanha e se tornou presidente. Nunca-antes-na-história-deste-país! (Não sei como esse maravilhoso refrão não virou ainda um funk ou outro tipo de música tupiniquim). E podemos afirmar, com todas as palavras e com sinceridade absoluta, que Lula é um homem humilde, simples, que não erra nunca, bem é a verdade, mas que sempre tem a humildade de conhecer grandes homens! E que grande homem ele e Collor defendem!
Sarney! Prestem atenção todos aqueles que o atacam! Vocês estão enganados. Redondamente enganados. Como disse Lula, Sarney é intocável. Bem, talvez, eu devesse mudar a referência cinematográfica: de Os Bons Companheiros , uma história de amigos que se traem, para Os Intocáveis , uma história de luta contra a corrupção por um homem incorruptível. Isso! Os Bons Companheiros! Eu cometi um grande engano e uma grande injustiça. Como posso comparar grandes homens como Sarney, Lula e Collor a inescrupulosos mafiosos como Henry Hill, Jimmy Conway e Tommy DeVito (interpretados por, na ordem, Ray Liotta, De Niro e Joe Pesci)?!? Afinal, eles são ladrões, safados e mentirosos! Os mafiosos do filme, me entendam bem. Lula, Collor e Sarney estão melhor comparados com Eliot Ness, Jim Malone e Giuseppe Petri (Kevin Costner, Sean Connery e Andy Garcia). Porque os nossos grandes representantes são realmente intocáveis!
Pois ninguém, nunca-antes-na-história-deste-país, foi tão intolerante, intransigente contra a corrupção como o Nosso Guia, Luís Inácio Lula da Silva! Minto. Antes dele, só um Collor, um Sarney. Só eles.
Mas não sejamos apressados! Quando digo que Lula é radicalmente contra a corrupção, estou falando sério. Ele é. Não duvidem disso. Todos querem a cabeça de Sarney, todos querem que Sarney saia pelas portas dos fundos. Mas não Lula e ele está sendo atacado pela mídia por isso. Lula não admite atacar alguém como Sarney assim. Que Sarney explique sua situação. Enquanto não for provado, Sarney é inocente para os olhos de Lula.
Muitos acusam sem provas, julgam sem evidências. Lula é contra a corrupção, mas inteiramente a favor da ampla defesa e do contraditório. Pois ninguém é inocente até que se prove o contrário. Desculpem. Cometi um engano. Onde escrevi inocente , leia-se culpado.
E, aqui, meus amigos, fica minha caridosa mensagem aos novos velhos amigos, Lula e Collor. Continuem assim, meus caros! Juntos vocês vão longe...
domingo, 2 de agosto de 2009
George W. Bush
Grandes líderes podem ser incompreendidos no presente.
Podem sair por baixo, com popularidade alarmantemente baixa e serem condenados por todos os erros dos outros (grandes líderes não erram!). Podem ser considerados um dos piores presidentes de todos os tempos! Podem ser alvo de críticas e sapatos! Podem ser acusados de financiar guerras para promover interesses particulares, de genialmente mentir para conseguir o que quer, e de continuar mentindo na cara dura! Muitíssimo fácil atacar leão manco e desdentado!
Mas ele foi - e isso será provado no futuro breve - um dos maiores líderes da humanidade! George W. Bush, um homem de origem humilde e trabalhador, um autodidata, um homem que não desiste nunca, vai ressurgir das cinzas e mostrar a todos por que ele é um grande líder.
Enquanto ele não faz isso, eu teço algumas considerações.
Em primeiro lugar, teve a eleição mais disputada de toda a História, que acabou empatada. Al Gore e George W. Bush pareciam defender os mesmos princípios econômicos, as mesmas ideias políticas - parecia que eles diziam a mesma coisa e, é claro, o eleitorado ficou dividido. Há sempre aquela atitude mais pop e mais carismática dos democratas, que tentam esconder falta de conteúdo em alguns casos (não, não estou me referindo ao Obama). E, no final da eleição, parece (só parece, não estou afirmando) que o Al Gore, defensor do meio ambiente, ganhou no voto popular. Mas ô lugar difícil para se entender uma eleição! Colégio eleitoral, delegados, super-delegados (tipo, um super-herói dos políticos?!)... E teve a votação na Flórida. Pegue uma cédula de voto de lá. Você iria ficar literalmente perdido! Mas a Corte Suprema, sempre imparcial, votou a favor de Bush.
E ele, o cara, foi eleito.
Convenhamos, depois do fim da União Soviética, os norte-americanos estavam um pouco perdidos. Não tinham um grande inimigo, nem nenhuma potência que os assombrasse. Tinha, é claro, o Saddan Hussein lá no Iraque, mas nenhum norte-americano ficaria acordado com medo que Saddam Hussein atacaria o sagrado solo norte-americano, berço da democracia e da liberdade.
Francis Fukuyama, por exemplo, já tinha afirmado que a história acabara, que a democracia e o capitalismo liberal dominariam o mundo. E parecia que Bill Clinton tinha feito tudo como manda o figurino. Então, muitos achavam que Bush seria somente mais do mesmo. Rotina. Depois de quatro anos, outro presidente continuaria a rotina. Os EUA nasceram para dominar e controlar... Desculpem, os EUA nasceram para guiar e liderar a humanidade. É o destino manifesto. Pronto.
Mas, eis que do mundo remoto surge um inimigo à altura de Bush. Bin Laden articulou o maior ataque terrorista de todos os tempos, matando mais civis em um único dia do que qualquer outro. Não usou bombas, não usou armas de destruição em massa, não usou nada disso. Usou a inteligência. Com um grupo pequeno de homens suicidas, equipados com armas de mão, Bin Laden fez o que ninguém pensou que poderia ser feito antes: usou os grandes aviões como armas. O impossível aconteceu. Com o ataque de 11 de setembro, os EUA, desde Pearl Harbour, tremeram. Nova York foi destroçada. Milhares de vítimas inocentes morreram. Um novo dia entrou para infâmia.
Para momentos difíceis, no entanto, os grandes líderes surgem. Bush, que havia sido um beberrão em sua juventude, que havia encontrado Jesus no meio do caminho! Bush mostrou a que veio. Logo, quando soube dos atentados, não se meteu em nenhuma base-buraco, mas decidiu, rápida e incisivamente, que os EUA deveriam atacar de volta. E quem eles atacariam? Saddam Hussein! Não, ele não. Segundo informações confidenciais, Bin Laden e Saddam Hussein são inimigos. Mas quem atacariam os EUA? Os talibãs que apoiaram Bin Laden.
Pronto! Agora, havia um grande inimigo. Um inimigo que deixava os norte-americanos, porque jogava um jogo sujo. Não declarava guerra por meios normais.
Assim, a guerra contra o Terror tornou-se o grande motivo dos dois governos Bush. Eles precisavam encontrar e matar Bin Laden e qualquer um que estivesse no caminho.
Um grande líder precisa tomar decisões difíceis. Precisa ver além do que o homem e mulher comum veem. Precisa, como o filósofo alemão Nietzsche alcunhou, ir além do bem e do mal.
Ora, se uns poucos terroristas poderiam matar milhares de pessoas, a vida de um terrorista não poderia valer muita coisa, não é mesmo?
O que significa a tortura de um, se a vida de milhares está em jogo? O que significa a vida de um único indivíduo, caso sua perda corresponda a salvação de muitas outras? O que significa esses "direitos humanos" para pessoas que exatamente querem acabar com os "direitos humanos" de vez?
Precisamos de cães de guarda para defender nossos valores, como democracia, liberdade, igualdade e fraternidade. E os cães de guarda, meus amigos, devem ser mais terríveis que o lobo mau. Caso contrário, o lobo mau vai infernizar a vida das ovelhas, pois não vai temer o cão de guarda. Mas, agora, se o cão de guarda for terrível, se até o lobo mau temê-lo, aí sim, o lobo mau correrá muito e voltará para a floresta.
Dessa forma, Bush conduziu duas grande guerras contra o Terror. A primeira contra os talibãs no Afeganistão. Outra contra Saddam Hussein, no Iraque.
Mas Saddam Hussein tinha atacado os EUA no 11 de setembro?
Bem, na verdade, não. Mas Saddam era um inimigo dos EUA, não era? Saddam havia escarnecido do pai de Bush, não havia? E Saddam era mau. Bem, isso ele realmente era. Aliás, muito mau. Para citar um exemplo, ele muito provavelmente usou armas químicas contra os seus inimigos internos. Quando invadiu o Kwait, fez e aconteceu. Quando descobriu que Bush pai não o tiraria do poder, aos poucos, foi trucidando os xiitas que lhe fizeram oposição. Muita gente não gosta de Bush, pai e filho, mas isso não deveria fazer Saddam Hussein ser um cara legal e carismático para essa gente.
A questão é que, se confiarmos no que toda a imprensa afirma, Bush mentiu para iniciar a guerra contra Saddam. Bush assegurou a todos que o ditador iraquiano possuía armas de destruição em massa. Por isso, uma guerra preventiva era iminente. Podemos deixar Saddam, o louco, em paz, com suas armas de destruição em massa? Claro que não. Nós, norte-americanos, paladinos da democracia, defensores do mundo, temos o imperativo moral (bonito, hein?) de agir antes que ele aja
. Tipo, melhor atirar a primeira pedra antes de tê-la atirada em você. Sim, Bush acreditou em relatórios de várias agências. Mas as más línguas maldosamente, como é de seu costume, comentaram que o perigo das armas foi apenas um pretexto para a guerra. Não havia armas, como se provou depois, no entanto, a questão é se Bush, na época, acreditava ou não piamente nisso.
Podemos afirmar que sim, meus amigos!
Sim, Bush acreditava nisso e em muitas outras coisas mais! Podem ter certeza disso.
Um homem como aquele não poderia ter mentido assim. Seria muito sofisticado. Um bom mentiroso tem que acreditar em sua mentira. Hitler, por exemplo, com seus delírios de raça superior, foi um desses.
Começar uma guerra não é como ir ao cinema, ou comprar pão. Começar uma guerra é assunto sério. Os EUA, nessa matéria, deixaram muitos países para trás. Hoje, eles têm tudo. Podem matar um carrapato no cachorro de Pyongyang (e, provavelmente, nessa ação, matarão o cachorro, Pyongyang e tudo o que estiver no raio de um quilômetro). Dizem que tem a capacidade tática de enfrentar quatro guerras ao mesmo tempo (agora, que tipo de guerra? Com um país pequeno, grande ou médio? É bom saber, porque o nosso ministro está cobrando explicações a Obama e Hilary...). E, vamos falar a verdade, eles estão aprimorando essa questão de matar os outros sem morrer. Isso é o mais importante. Quando eles, finalmente, conseguirem esse artifício - usar só as máquinas na matança -, aí, meu amigo, não adianta chorar, reclamar ou contestar. Aí, eles vão dominar o mundo de cabo a rabo. Não tenha dúvida.
Mais um comentário sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque. É consenso dizer, com exceção dos republicanos, que as guerras foram um erro. Talvez não a do Afeganistão, já que os talibãs apoiaram Bin Laden, mas, pelo menos, a do Iraque. Na verdade, pouca gente percebeu que taticamente elas foram geniais. Essas guerras exportaram os ataques terroristas
. Os ataques terroristas, se continuassem no território dos EUA, poderiam levar o mundo ao caos. Mas, com as guerras, os terroristas decidiram atacar as forças ocupantes. Com isso, os assassínios, atentados, emboscadas, homens-bomba, suicidas e tudo o mais fica nos países problemáticos. E não nos EUA ou na Europa. Essa foi uma genialidade do governo Bush.
E não me venham dizer que os EUA agiram unilateralmente, sem o consenso do Conselho de Segurança. Aliás, consenso entre EUA, Inglaterra, França, Rússia e China, vamos combinar que é uma tarefa árdua de se conseguir. Mas, ainda assim, e com a ajuda da incansável Inglaterra de Tony Blair e de outros países, os EUA é que decidem de que forma é melhor dominar o mundo. Salvo se outro país ficar mais poderoso que ele...
Outras considerações podem e devem ser feitas, como, por exemplo, a exemplar atitude de Bush perante o furacão Katrina e o seu papel no combate à crise financeira mundial.
Ainda precisamos de historiadores corajosos para revelar o papel incontestável de Bush na política e economia mundial.