quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Morte de Obama, digo Osama

obama e osama
Osama Bin Laden morreu. Agora teremos um post sério para variar… Sério mesmo? Fica a critério de vocês, caros leitores.
Mas Osama Bin Laden morreu. É fato. Pode até ser que, por terem dado sumiço no corpo dele momentos depois de sua morte, alguém depois de um tempo venha e diga que tinha visto Osama na esquina, ou no supermercado. Outros vão usar Osama para os seus próprios ataques terroristas (como se não fossem de qualquer outro modo…). Outros ainda vão alegar que são as encarnações do dito-defunto. Enfim, Osama, que já era um mito, vai continuar sendo…

O negócio que quero discutir aqui – se eu quero chegar a algum lugar nesta vida – é que, quando Obama mandou executar Osama, os EUA invadiram um terceiro país, mataram um de seus habitantes (se ele estava lá legal ou ilegalmente são outros quinhentos…) e saíram.
Imagine, leitor, se o Paraguai entrasse no nosso país para capturar um de nossos habitantes?
Você imagina o fuzuê que o Brasil não iria fazer na ONU, no Mercosul, na OEA. Poderia até ser que declarasse guerra a nosso vizinho tão querido e que tivéssemos uma guerra do Paraguai II.
Bem, mas o Paraguai não é os EUA, certo? E os americanos fizeram duas guerras contra o Iraque, não é mesmo?
E Obama matou Osama para tornar o mundo mais seguro ou os EUA mais seguros ou para aumentar o seu índice de popularidade? (Rapaz, tem gente que faz de tudo para aumentar o índice de popularidade…)
Obama não era o cara que ganhou o Nobel da Paz? Não era o cara do yes we can? Não era o cara que muita gente no mundo idolatrava? Não era o cara que era contra as prisões especiais, as torturas, os assassinatos? Não era o cara que defendia os verdadeiros “valores” americanos?
Usaram de tudo nessa operação. Usaram torturas, prisões especiais, a invasão de um país (ainda que suspeito…) e o assassinato pura e simples de um homem. Ainda que esse fosse Osama Bin Laden. E tudo leva a crer, cada vez, mais que o único objetivo era matar, não importa o que Bin Laden fizesse. (Claro, leitor, que um Bin Laden preso seria um grande perigo, mas não estou dizendo que é fácil ser o mocinho, como os americanos dizem que são).
A ação antiterror foi digna de Jack Bauer…
Sim, Obama matou Osama. Mas Obama  matou a si mesmo um pouco nessa história.
O Nobel que recebeu foi o da Paz (Norte-)Americana.
E eu sempre disse isso: Obama nunca foi o presidente do mundo, mas sim presidente dos Estados Unidos da América.
Quem deve estar morrendo de inveja é o Bush (lembram-se dele? Vejam aqui o que escrevi sobre esse grande líder)…
Bem, aí foi o meu desabafo contra os desmandos deste mundo.
Fui.
(E não estou defendendo o Osama não. Muito pelo contrário. Estou defendendo o anti-Osama. Aquele que não leva tudo para morte e assassinato. Ah, o anti-Osama não é o Obama…)

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