Uma frase de Otto Maria Carpeaux:
Grande sátira não é possível sem rigorosos critérios morais; o satírico é satírico porque os seus critérios morais são mais rigorosos do que os do seu ambiente.
Essa frase se refere a Jonathan Swift e está na monumental História da Literatura Ocidental (vol. 4, página 874, 2ª edição).
Trata especificamente da moralidade do satírico que é mais forte do que a de sua época.
No entanto, podemos dizer que todas as épocas foram corruptas, que nenhuma época foi marcada pela retidão moral. Nenhuma!
E, disso, podemos concluir que o ser humano é um corrupto por natureza?
Não sei, mas o ser humano, mesmo sendo corrupto, mesmo sendo vil, se diz a melhor coisa desta terra. Autoproclama-se a melhor criação da divindade.
E é exatamente por isso que devemos criticá-lo, que devemos esfregar em sua cara, em nossa cara, a Verdade.
O satírico vê o toma-lá-dá-cá da realidade que está escondida pelo discurso moralista. Vê os verdadeiros interesses por trás dos atos “heroicos”.
Devemos apontar a todos sua grandíssima Cara de Pau!
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