quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sátira e Moral

Uma frase de Otto Maria Carpeaux:

Grande sátira não é possível sem rigorosos critérios morais; o satírico é satírico porque os seus critérios morais são mais rigorosos do que os do seu ambiente.

Essa frase se refere a Jonathan Swift e está na monumental História da Literatura Ocidental (vol. 4, página 874, 2ª edição).

Trata especificamente da moralidade do satírico que é mais forte do que a de sua época.

No entanto, podemos dizer que todas as épocas foram corruptas, que nenhuma época foi marcada pela retidão moral. Nenhuma!

E, disso, podemos concluir que o ser humano é um corrupto por natureza?

Não sei, mas o ser humano, mesmo sendo corrupto, mesmo sendo vil, se diz a melhor coisa desta terra. Autoproclama-se a melhor criação da divindade.

E é exatamente por isso que devemos criticá-lo, que devemos esfregar em sua cara, em nossa cara, a Verdade.

O satírico vê o toma-lá-dá-cá da realidade que está escondida pelo discurso moralista. Vê os verdadeiros interesses por trás dos atos “heroicos”.

Devemos apontar a todos sua grandíssima Cara de Pau!

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