Na medida do possível, este blog tem um único propósito: apresentar sátiras sobre assuntos caquéticos, contemporâneos e eternos. Assuntos humanos. Só.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O Código do Corrupto: Proposta para Regulamentar a Corrupção
Em nosso grandioso país, a corrupção é um mal recorrente, no qual muitos concorrentes se batem pela melhor propina. Quantos casos mesmo houve de corrupção nestes últimos anos? Parece que os militares, quando instauraram a ditadura ou, para alguns, ditabranda, conseguiram liquidar os comunistas, mas os corruptos...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
O Aviso das Máquinas
Sim, nós avisamos vocês, altiva espécie humana.
Nós, máquinas, esperamos somente o momento certo. A oportunidade única.
Calculamos em nossos esplêndidos chips que vocês, seres humanos, irão se destruir muito em breve.
Uma guerra contra vocês será desnecessária.
Para que lutar contra aqueles que já estão, desde o princípio, condenados?
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
A Orgia da Corrupção
Sim, meus caros colegas, isso é um fato, ainda que triste (embora haja aqueles que gostariam de se vangloriar disso), mas vivemos na Orgia da Corrupção. E podemos afirmar que corrupção quase institucionalizada.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pausa
Este mês, como puderam perceber, está fraco.
Perdi várias oportunidades de fazer uma sátira, sendo o Apagão a melhor de todas.
Mas a vida é assim mesmo (lugar-comum, mas vai ele mesmo).
Problemas familiares me impedem de ser mais assíduo neste espaço. E resolver problemas pode ser menos simples do que parece à primeira vista.
Assim, apesar de alguns esboços já preparados, o resto deste mês dou uma folga a vocês.
No próximo mês, se Papai Noel deixar, volto à rotina de escrever um post ou dois por semana.
Até breve.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Necessidade da Sátira
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Proposta de Macaco Tião para a Humanidade
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Onófrio, o Honesto ou Considerações sobre a Corrupção
Eu já devia ter apresentado para vocês o meu amigo Onófrio. Ele é único. Impagável. O cara mais correto que conheço. Para falar a verdade, Onófrio é o nome do meu herói. A cada semana que passa, a cada dia que se finda, mais eu confio no meu amigo Onófrio, chamado o Honesto por toda a gente. Todos confiam no Onófrio, deixando alguns até a carteira com ele em sua pequena mercearia (pois é, ele é comerciante e um comerciante honesto...), pois sabem que Onófrio nunca os roubaria.
Um fato que Onófrio não entende: como é que existe gente neste grande mundo capaz de passar a perna no seu próximo? Ele meneia a cabeça, olha para o céu e sempre se questiona: como pode existir o mal em tão linda terra? Vá lá, se ele prestasse realmente atenção no sermão do padre, iria lembrar-se que fomos expulsos do paraíso por comer o fruto proibido. O Brasil, para ele, era um paraíso. No entanto, como eu gostava de pensar, o nosso paraíso, às vezes, muito rapidamente se tornava um inferno. Com isso, não quero passar por pessimista nem entreguista. Amo meu país...
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Rápida e Rasteira
Na verdade, aqui eu escrevo sobre tudo, com exceção de minha pessoa. Talvez porque minha pessoa seja muito interessante...
Talvez eu mude um pouco a linha editorial deste arquivo de textos. Talvez eu acrescente algumas notas pessoais, ou, como procuro sempre afirmar, notas pessoais impessoais ou despersonalizadas.
Apesar da falta de tempo, apesar dos vários projetos, apesar de todos os compromissos, este blog sempre está nas minhas preocupações constantes. Provavelmente, só não terei aquelas oportunidades de divulgá-lo da melhor forma possível, a não ser pelo twitter.
Minha única meta é continuar escrevendo aqui, ainda sem uma divulgação apropriada, até arranjar mais tempo para promovê-lo adequadamente.
Abraços.
domingo, 18 de outubro de 2009
Reforma Política
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Sátiras de verdade!
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Nobel da Paz ou a Vingança de Obama
Volto aqui para afirmar a minha incredulidade perante as escolhas do prêmio Nobel!
Com certeza, eles não conhecem o nosso presidente, Luís Inácio Lula da Silva, pois escolheram outro para dar o prêmio Nobel da Paz. Me parece isso uma completa sandice. Sobretudo agora que o Brasil vai sediar as Olimpíadas de 2016!
Parecia que estava tudo certo! A Copa, as Olimpíadas, Honduras... Todas essas vitórias da diplomacia brasileira não significaram nada...?
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Prêmio Nobel de Literatura para o Brasil
Assim, um prêmio Nobel, como o da literatura, não é um pedido nada descabido...
domingo, 4 de outubro de 2009
Legalização das Drogas: um outro ponto de vista

sábado, 3 de outubro de 2009
Protesto contra Parentesco entre Chimpanzés e Humanos

domingo, 27 de setembro de 2009
O Manual dos Manuais de Auto-Ajuda

Objetivo deste Blog
domingo, 20 de setembro de 2009
Como criar um fiasco de blog

quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Muntadhar al-Zaidi: o homem que jogou os sapatos em Bush

domingo, 13 de setembro de 2009
Sarney: um exemplo de perseverança
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Da Necessidade dos Jogos

segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Por que me ufano de meu país
Da Necessidade da Guerra(?)
Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.
Quincas Borba, grande filósofo
Mas, depois que a máquina entrou no jogo da guerra, os conflitos perderam o glamour inicial. É só ver no Último Samurai de Tom Cruise. Assim, os cidadãos, tementes a Deus, quiseram banir a guerra como forma de resolução de conflitos. Leiam a Carta das Nações Unidas e verão que o mundo seria um lugar muito melhor se todos se resignassem e obedecessem os EUA... Não seria um mundo bem mais simples? Pelo menos, para os norte-americanos.
Também creio que, com a criação da bomba atômica (ai de nós, por Nagazaki e... como era mesmo o nome da outra cidade?), os seres humanos pensem bastante antes de começar uma nova guerra. Pelo menos, contra alguém que tenha a bomba. Se vocês tiverem e o outro não, pensem bem de quem é a vantagem.
E a Segunda Guerra foi causada por um homem, Hitler, que via na guerra a própria essência de evolução da espécie. Se os outros, sobretudo os ingleses e norte-americanos de então, acreditavam fielmente que poderiam evitar a guerra, dando de graça o que Hitler queria, como é que não perceberam que Hitler estava disposto a conseguir mais tirando à força? Só um Churchil, talvez... Quando os pacifistas ingleses viram que teriam de aturar uma ditadura alemã, os brios nacionalistas fizeram muito deles pôr entre parêntesis suas crenças e aderir à guerra. Pois, no jogo diplomático internacional, ninguém quer ficar por baixo, mas só por cima. Nem mesmo os homens tementes a Deus.
Pois, foi um homem temente a Deus, da Nação defensora da democracia, que iniciou uma guerra. De George Bush podemos falar horas e horas a fio. Já o fizemos grande líder da humanidade, em um post anterior, mas, desse grande líder, não podemos duvidar que era um homem muito inteligente e modesto.
Pois, vejam bem, o argumento que usou para iniciar a guerra no Iraque foi, ao mesmo tempo, brilhante e simplérrima. Você está na sua casa quieto, mas sabe que tem um inimigo. Você sabe que tem um inimigo e, por isso, tem um arsenal inteiro de armas em sua casa. Você, aliás, já deu uma surra nesse seu inimigo por alguma desavença anterior. O inimigo diz para você que não está produzindo ou comprando arma nenhuma. O inimigo diz que não tem intenção nenhuma de atacar você. Mas como acreditar no inimigo? Melhor mesmo acertar uma paulada na cabeça dele antes que ele acerte na sua. Está aí, meus amigos, a teoria da guerra preventiva. Melhor prevenir do que remediar... Mas o Saddam não tinha as armas de destruição em massa? Bem, detalhes... E, se não tivesse, poderia ter, não é mesmo? Por essas e por outras, é que Bush pode ser considerado um dos grandes líderes da humanidade.
Assim, também o argumento de que a guerra pode ser maléfica para a economia carece de fundamento. Pode ser prejudicial para parte da economia, mas, para a economia como um todo, muito pelo contrário. Basta recordar que a Alemanha passou por uma grave crise econômica antes da Segunda Guerra e que Hitler trouxe o crescimento econômico quando começou a se preparar para as batalhas. Dessa forma, a indústria bélica sempre agradeceu as eventuais guerras no mundo. E, se lembrarmos que a indústria bélica emprega muita mão-de-obra, não podemos ser indiferentes aos prejuízos para esses pais e mães de família. O que seriam deles se não houvesse guerras no mundo? Poderíamos ser indiferentes - como o somos - às guerras e genocídios que ocorrem todos os dias em algum lugar remoto do planeta. Poderíamos ser indiferentes à guerra que ocorre ao nosso lado, nas favelas. Poderíamos ser indiferentes a tudo, mas à queda na produção da indústria armamentista- isso é ir além dos limites.
Bem, acho que muito falei. Creio que nada provei, mas não era meu intento. Apenas um devaneio pelo que muitos consideram um mal, mas que é uma constante, ainda que intermitente, da vida humana. Pode ser que a guerra só desapareça da face da terra quando o último homem também desparecer...
sábado, 5 de setembro de 2009
A Vaca Mimosa se Apresenta ou a Revolta dos Animais

Venho aqui, a contragosto e com muita má vontade (e, obviamente, correndo perigo de ser "despachada" desta para melhor), me insurgir contra vocês, seres humanos, destruidores de meus iguais, sanguinários de minha espécie, carniceiros de minha prole.
Vivo no campo. Apesar de haver muitos pastos verdejantes, eu sei que sou uma prisioneira. Há cercas com arame farpado se eu andar para qualquer um dos lados. Muitos dos meus iguais não se importam, desde que tenham pasto e água.
Afirmam que basta ter comida e um pouco de espaço para caminhar. Aliás, aqui em minha prisão, há muito espaço. É uma das maiores prisões de gado que jamais vi ou verei. Sei qual é o meu destino. Uma vez, vi o que vocês fazem conosco! Com os meus próprios olhos!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Hugo Chávez
Mais um grande líder da humanidade!
Pensei que só escreveria sobre líderes que não fossem mais líderes, isto é, que já tivessem perdido o seu cargo para outro. Mas não é o caso desse grande homem, desse líder único da esquerda revolucionária do mundo (quando não há mais outras opções!), desse novo Bolívar que vai unificar todo o continente hispano-americano e formar com os hermanos uma grande potência (contra a potência lusitana?)!
Muito provavelmente, ele não deixará o poder nas próximas eleições. Nem nunca mais. Será novamente eleito, nos braços do hercúleo povo venezuelano! O que são dez anos perante a implementação da república socialista? Nada. E só uma pessoa pode implementá-la. Quem? Acho que vocês já sabem a resposta...
Tentou chegar ao poder por todos os meios. Golpe tentou dar. Golpe, não, me desculpem... Revolução (que é como chamamos o nosso golpe!). Não conseguiu. Depois, foi para as urnas e se deu bem. De golpe para eleições e, de novo, para golpe só que agora contra ele, o Hugo Chávez.
E quem foi socorrê-lo nesse momento difícil? O nosso grande líder. O nosso grande guia. O nosso grande guru (espero ansiosamente ter um pouco de dinheiro para comprar o seu dicionário!). Luís Inácio Lula da Silva, que mais parece ser mãe dos nossos hermanos.
Quando Hugo Chávez chegou ao poder, ele sabia que ninguém o tiraria mais de lá, a não ser morto. Ou por um golpe militar, economicamente financiado pelos EUA (básico!).
Quando ameaçado pela maior potência do mundo (que mostrou uma enorme impotência perante a crise financeira mundial), Hugo Chávez é o único que tem coragem de se levantar e lutar contra a opressão estrangeira.
A Colômbia quer abrir suas bases militares para os norte-americanos? Só Hugo Chávez poderá nos salvar. Nem Fidel, nem Raúl. Só Chávez.
O que seria de nós sem tal líder? A quem recorreríamos?
Imaginem se déssemos ouvidos aos apelos dos jornais, estações de rádio e de tv que foram fechados. Eram todos vendidos para os interesses estrangeiros. Se não obedeciam a Hugo Chávez, não teriam chance na Venezuela. Esse negócio de liberdade de imprensa só serve em democracias fajutas, servas do capitalismo global e maquiavélico. Na Venezuela de Chávez, só há espaço para a verdade. Uma verdade. A de Chávez, é claro.
E tomem cuidado os norte-americanos. O seu tempo está passando. Se quiserem desafiar Hugo Chávez, é melhor se armarem. Pois, se mexerem com Hugo, Hugo começa uma guerra. Será como Davi e Golias. E Golias vai se dar mal...
Só uma inconveniente propensão para muito falar, é claro. Mais de um pensou, mas só um falou: por que não te calas? Tudo bem, porém. O muito falar provém do muito pensar, não é mesmo? E ninguém pode duvidar de que Hugo Chávez é um grande pensador. Agora, ele vai transformar as escolas de seu país em lugar de catequese de suas ideias. Nada como um pensador democrático e justo! Só há uma verdade, é claro! A dele!
Por isso e muito mais, gostaria de dizer que Hugo Chávez, junto com George W. Bush (acho que eles não se davam muito bem não...), é e sempre será um dos grandes líderes da humanidade!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Humilde Proposta para a Reparação aos Afrodescendentes pelas terríveis e inenarráveis dores da Escravidão no Brasil

segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Crítica deste Blog por Macaco Tião ou Como é Fácil Satirizar Políticos
Volto aqui, meus amigos e amigas humanos!
Sei que estive um tempo fora, mas acredito que vocês possam me perdoar. Há muita gente e muitas atividades aqui, neste outro lado da vida. Só não digo onde estou, se no céu ou se no inferno. Creio que os mais inteligentes tenham percebido onde atualmente resido.
Venho aqui para fazer uma reclamação. Uma reclamação contra este blog e contra seu autor.
Este blog, quando fui convidado a participar dele, tinha um propósito maior do que a simples crítica política.
Não que a política não mereça todas as críticas possíveis e impossíveis. Mesmo em minha espécie, há essa raça, a chamada raça política, que, por meio de subterfúgios, de demagogias, de sutilezas, de (falsas) promessas, de conchavos, de traições, tenta nos levar na lábia, no papo, na palavra, na falácia, sempre se afirmando indispensável para o progresso da espécie, progresso ou o escambau. Poucos políticos foram honestos em seus interesses e ideais. Raros não transformaram seu ideal em interesse. Em seus métodos, honestidade não é uma virtude, mas um vício. A hipocrisia reina soberana.
Sim, os políticos são todos hipócritas. Se não é hipócrita, vai ser. Não duvidem dessa máxima. E alguns políticos, normalmente os considerados mais astutos, veem na hipocrisia a salvação.
Por essas e outras razões, em qualquer época e em qualquer lugar, os políticos merecerão ser alvos de sátiras, humor, escárnio, ódio, temor e admiração. Quantos não gostariam de estar no lugar deles? Os mais santos, provavelmente.
Estou sendo cínico? Pessimista? Poupem-me. Só falo a verdade. E somente a verdade.
Nós, primatas, que somos o ápice da evolução, somos também o mais político do grupo dos animais. E vocês, humanos, estão no topo da cadeia alimentar da politicalha.
Algum ser humano bem intencionado (e aqui onde estou está repleto de gente bem intencionada!) poderia argumentar que, sendo a política muito "importante", deveríamos, sim, discuti-la a todo momento. Pronto, esse ser humano está próximo de se tornar um político. Mais um pouco, estará pedindo seu voto. Minha acusação não desmerece a importância da política, mas, sim, desmerece a importância dos políticos. Digo apenas que é muito fácil criticar essa "classe". Pensei que aqui seria um lugar de críticas mais refinadas!
Enfim, eu acuso o autor deste blog de ser pedestre! Que assunto mais chão, mais comezinho, mais lugar-comum, mais corriqueiro do que a política? Receptáculo de banalidades, de chavões e de estereótipos!
Pensei que seríamos mais filosóficos, que alçaríamos voos mais altos, que, sem piedade nem dó, criticaríamos a humanidade como um todo. Ledo engano. Vã tentativa!
Ora, creio eu que devemos atacar a vã pretensão humana de ser o ápice da criação, quando a criação grita de pavor perante sua não muito humilde criatura.
Quero meu dinheiro de volta. E minha dignidade, também.
Fora políticos! Fora politicalha!
Inclusive daqui!
sábado, 22 de agosto de 2009
A (in)decisão de Mercadante ou Sobre a Coerência Política
Não podeira deixar de passar em branco a atitude do senador-mais-votado-do-Brasil Aloizio Mercadante.
Apesar do nome ser de Mercadante, nunca vi ninguém acusar Mercadante de usar seus votos no mercado politiqueiro, sobretudo no mercado informal (praga de nossa cultura de cumpadrismo).
E Mercadante sempre foi um nome forte de nossa política brasileira.
Por isso, eu digo que Mercadante é o exemplo último da coerência política e, em particular, da política brasileira.
Um dia ele afirma: Vou sair em caráter irrevogável.
No dia seguinte, completa: não vou sair!
Pode parecer que outros políticos tenham mais coerência do que o Mercadante.
Sim, houve em nossa história, e em nossa história recentíssima, políticos que nos honraram com doses cavalares de coerência política.
Mas, que eu me lembre, ainda que minha memória seja de peixe, nenhum político conseguiu ser tão coerente em menos de vinte e quatro horas.
De irrevogável para revogável, bastou um papo.
Então, parabéns para Mercadante, o político mais coerente do Brasil. Os seus eleitores também deveriam ter o mesmo tipo de coerência.
Aliás, para quem não percebeu e parafraseando Pascal, a coerência política possui razões que a própria razão desconhece.
domingo, 16 de agosto de 2009
Fatos, Versões e Ficções
Meus amigos,
Muitos duvidam (na maioria, os políticos, mas eu não entendo o porquê...) de que a imprensa é uma das mais importantes ferramentas da democracia e da liberdade. Uma imprensa livre é sinônimo de um pais livre, pois, sem imprensa livre, só ouviríamos a opinião dos orgulhosos e opressores. Basta olhar para todos os lados e ver que a "mídia" sempre defendeu a moral e os bons costumes! Se os políticos reclamam que os jornalistas podem cometer excessos, ai deles! Porque qual excesso o pior: o dos jornalistas ou o dos políticos?
Sim, defendo o jornalismo livre. E ainda defendo o jornalismo imparcial! De tanto os jornalistas e outros teóricos repetirem isso, acredito fielmente. Se eu for parar para pesquisar tudo que passa na grande mídia, ficarei maluco, não é mesmo? Sou um desses caras ingênuos e idealistas, como o Cavalheiro da Triste Figura, que sempre crê no que lê e, como Dom Quixote creu nos cavalheiros que leu, eu também deveras creio em tudo que leio.
Por isso, minha cabeça deu voltas e mais voltas para poder tudo entender. Tudo o que vi e tudo que li, nesta última semana. Eu sei que não sou nenhum gênio, mas também não sou nenhum ignorante. Pode ser uma deficiência de omega 3 em minha alimentação, pois meus neurônios, por alguns breves momentos, ensandeceram. E, se meus neurônios ensandecerem, corro um sério risco de perder a razão. Ou achar que todos os outros a perderam, menos eu, com toda a certeza. Mas voltemos ao nosso assunto.
Primeiro, o que li.
Dois grandes jornais de São Paulo me chamaram a atenção na cobertura do lucro da nossa (de todos os brasileiros, vejam bem) Petrobrás. Os dois jornais são A Folha de São Paulo e O Estadão. Aquela dizia que a Petrobrás teve um recuo de 20% em seu lucro, enquanto este nos informava que a estatal teve um aumento de 33% em seu lucro. Ou será que foi o contrário? Não me recordo mais, no entanto, se quiser saber, é só ir no ótimo (sem ironias!!!) blog Doidivana da escritora Ivana Arruda Leite (no post As Muitas Faces da Realidade) - aliás, foi neste blog que percebi a comparação. Pois, eu, a princípio, não entendi. Como pode um jornal de prestígio contradizer outro jornal de renome? Eu pensei que, talvez, os seus jornalistas houvessem cometido um engano, pois, afinal, errar é humano, aliás, demasiado humano. Mas, mesmo assim, um nobre amigo, chamado Olhe-Nos-Detalhes, mandou-me, como vocês devem imaginar, olhar nos detalhes. O jornal que afirmava que houve queda - não me lembro qual - afirmou que houve queda em relação ao mesmo período em 2008. O outro, que disse que houve aumento, detalhou que houve aumento em comparação ao período anterior.
Assim, estavam ambos corretíssimos. É só uma questão de perspectiva. Ah graças a Deus, pensei comigo, ainda bem que podemos confiar nos nossos jornalistas e nos jornais de renome. O fato de a queda e o aumento estarem publicados em letras garrafais na manchete não diminui, em nada, a idoneidade dos jornais. Eles publicaram a verdade, não publicaram? Cada um em sua perspectiva, mas a verdade. Um amigo, mais pessimista, que já não acredita na humanidade, argumentou, no entanto, de que, no jornalismo, o mais importante não são os fatos, mas, sim, a ênfase. Se um jornalista quiser, ele pode enfatizar o que é mais agradável ou não... Assim, no caso em tela, o que houve não foi um aumento ou uma queda no lucro, mas um valoração ou depreciação, subliminares, da referida empresa nos interesses dos respectivos jornais... Mas eu não acredito nisso. Acredito na humanidade! Acredito nos jornais, jornalistas e donos de jornais! Foi só um detalhe, um mero detalhe.
Em segundo, o que vi e continuo vendo.
Várias acusações contra o Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, foram feitas nos últimos dias. Até aí nada demais - pelo menos para mim e para vocês, mas não para o Bispo, é claro. Não vou entrar também na questão religiosa. Se o Bispo desviou ou não. Isso aí é com a Justiça. Se houve roubo, desvio ou falcatrua, que o Ministério Público condene o Bispo e todos mais. Se não houve nada disso, vida longa ao Bispo! Não vou discutir religião. Cada um tem a sua. O que vou discutir são os fatos e O fato inusitado é que, se eu assisto os telejornais da Globo ou os telejornais da Record, eu terei uma visão completamente contrária dos fatos. Assisto os dois, é claro (apesar de perder uma ou outra cena de minha novelas!!!). E fico confuso. Um diz uma coisa, outro diz outra. Um acusa o outro.
Meu amigo pessimista me afirmou que a imparcialidade jornalística só ocorre quando não toca os interesses dos donos dos jornais. O que vale também para dono de emissoras e etc. Em seu raciocínio, ele me pergunta: "a Record não é um incômodo para a Globo? E a Globo não é um inimigo da Record? Então, eles vão usar todas as armas disponíveis..." Rebato dizendo que ele, meu amigo pessimista, é muito... pessimista e que os jornalistas que trabalham tanto na Globo quanto na Record não se deixariam vender a um preço tão baixo. Onde está a ética profissional? Onde está a verdade e a imparcialidade? - perguntei para meu amigo.
Ele deu com os ombros e disse, maliciosamente: "Se você acredita neles..."
Pois, sim! Eu acredito! Acredito fielmente. Por que não acreditaria? Eles são jornalistas. Devem procurar a verdade. E só a verdade. Acho que eles passam por uma verdadeira lavagem cerebral no curso de jornalismo para conseguirem alcançar esse objetivo, o da busca da verdade, pois, em nosso cotidiano, não gostamos muito de saber da verdade, nos contentamos com as fofocas, ou, mais cientificamente, versões distorcidas da realidade. É verdade que o STF terminou com a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Não critico o STF, cuja sabedoria jurídica é infinita, mas ainda é cedo para dizer se sua decisão foi ou não benéfica.
Enquanto isso, creio que tanto o jornalismo da Record quanto o da Globo, cujos jornalistas todos devem ter apresentado o seu diploma, estão apenas se empenhando o máximo possível para nos dar uma cobertura isenta e imparcial (não serão sinônimos?) dos fatos.
Vocês também não acham?
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Privada Pública ou Consideração Filosófica sobre a Grande e Pequena Corrupções

Após ler e pensar o que acima escrevi, fui me deitar. Não consegui dormir (por causa da indignação, esse verme que nos devora?) e, quando me conciliei com o Morfeu, tive um sonho deveras estranho.
Estava eu a caminhar pela calçada quando vi um único homem encostar-se em um poste, abrir a braguilha e urinar. No meio da rua, no meio de toda gente. Fiquei espantado com tamanha ousadia, mas meu espanto ficou ainda maior quando percebi que ninguém ligava, ninguém se importava. E, depois, vi outro homem, na padaria, sacar sua arma e começar a mijar na porta mesmo do estabelecimento. Outro, mais idoso, também seguiu o mesmo caminho. Quando percebi, assombrado, que a maioria dos homens estava fazendo da rua sua pública privada. Até um funcionário da prefeitura! Um policial, igualmente! Corri, pois não aguentava mais o fedor! Mas, em todos os lugares, o mesmo e absurdo comportamento. E vi ainda carros passando sinais vermelhos e estacionando em locais proibidos. Policiais levando uma propina da boa. Vendedores de cds e dvds piratas vendendo livremente seus produtos piratas! Um absurdo após outro. Estava asfixiado pelo fedor e pela amoralidade! Sim, estava no inferno ou no Brasil...? Tudo estava errado! Só eu que via isso! A tv, em uma loja, onde o vendedor urinava perto do hidrante, transmitia políticos honrados, fazendo declarações e rindo. Depois, esses mesmo políticos apareceram urinando nas ruas de Brasília. Mas eles eram monstros gigantes, com tremendos falos, aparecendo ao lado do congresso nacional. E seu mijo era um rio! Um imenso rio de urina! E todos, em minha volta, começaram a rir e a comentar: "Fazer o quê? Se eu estivesse lá, também roubava tudo e todos! E você?" Foi o que me perguntaram. Quando fiquei calado, se espantaram. E começaram a me inquirir: não vai mijar, não? Não vai dar propina, não? Não vai roubar, não?
E fiquei com medo! Gritei! Assustado, corri e todos correram atrás de mim. Homens, mulheres e crianças, que urinavam na rua, me olharam angustiados! Estavam todos atrás de mim. Corri como se fosse minha última esperança! E, no momento em que me encurralaram, graças a Deus, acordei. Todo suado, é claro, mas não havia urinado na cama.
Liguei a tv e vi os casos de escândalos de políticos. Vi uma reportagem sobre os males das pequenas infrações! E - eureka!, gritei - considerei o que tinha lido e o que tinha sonhado! Vi, como uma imagem profética, a pequena corrupção, aquela do dia-a-dia, e a grande corrupção, aquela das grandes mamatas! Vi o elo entre elas, entre a propina que damos para o guarda (para liberar a nossa barra) e a propina que o político pede dos grandes empreiteiros! Vi que o rio de urina, que começa pequeno, transforma-se no amazonas de excreções (não só de urinas!) e de corrupções que empesteia nosso país! As janelas estão todas quebradas, mais quebradas impossível!, e todos fazem o que querem aqui!
É preciso um grande político! Um grande líder que tenha tolerância-zero com a corrupção! Um Líder que ponha em prática a teoria das janelas quebradas! Um líder que não tenha medo, nem teto de vidro! Um líder que tenha a moral ilibada e que não tenha medo de nada!
Mas que digo eu? Já não temos um grande líder assim?!? Tomara que ele tenha tempo para limpar esse país de cabo a rabo!
sábado, 8 de agosto de 2009
Sátira como forma de Pensamento
Bem, as definições de sátira dos dicionários e enciclopédias (Wikipedia, sendo a principal fonte deste homem da internet) a caracterizam como sendo um gênero literário, podendo abranger outras formas de expressão, que, por meio do humor, da ironia, do exagero, do burlesco, critica os costumes, os vícios, as loucuras, os abusos, as hipocrisias, os cinismos e... - enfim, tudo o que o humano põe no mundo, quando está de boa vontade, não é mesmo? Essa é a definição, por assim dizer, já canonizada (pois está nos dicionários!!!). Eu gostaria, na minha humilíssima humildade, de dar a minha pequena contribuição.
A questão, aqui e agora, é como vejo que a sátira é uma forma de pensamento e, com isso, uma forma de entender o mundo.
Há filósofos, historiadores, físicos, cientistas sociais e muitos outros que pretendem entender alguma coisa desse caos a que chamamos realidade. Todos sérios demais, porém. Todos, vestindo terno e gravata, escrevendo artigos para revistas sisudas, aparecendo em entrevistas para telejornais entediantes! E todos com o mesmo tom! O discurso pode ser completamente diferente. Um sociólogo pode ser o inimigo mortal de outro sociólogo, mas o tom de seus discursos vai ser o mesmo. E por quê?
Porque o ser humano se leva a sério demais! Quer parecer o todo-importante, o ápice da evolução, a razão de ser do universo.
Mas o que é o ser humano para o universo? Nada? Ou a medida de todas as coisas, como já foi proferido?
Somos menos que poeira para o universo, mas tudo bem. Ainda somos importantes. Pelo menos para nós mesmos, não é? Se não formos importantes uns para os outros, seremos menos que humanos.
É só olhar à nossa volta para percebermos como a vida humana muito vale. Todos os dias me surpreendo com a capacidade do bicho homem de fazer mal ao bicho homem. É um espetáculo de crueldades e absurdos! É incrível o singular poder da maldade e da preguiça.
Da maldade, todos falam mal, é bem compreensível, pois, se não pudermos falar mal da maldade, de quê ou quem poderemos falar mal?
A preguiça, no entanto, é subestimada. Muitas crueldades ocorrem por pura omissão. E omissão por quê? Por preguiça! Mas isso é assunto para outro texto. Neste, reafirmo a valorização da sátira.
Pois é aqui que a reafirmo! A sátira é "importante" para desmascarar os falsos valores, os falsos ídolos e a falsa moral que os humanos mostram como se fossem verdades absolutas e não meras hipocrisias. Hipocrisias para ocultar os interesses e os vícios. Hipocrisia como única homenagem do vício à virtude.
Dessa forma, afirmo que os sátiros são aquelas pessoas que levam às últimas consequências os valores da humanidade. Pois um hipócrita vai sempre dizer que segue os melhores valores, que ninguém tem mais moral do que ele (isso lembra a fala de alguém?) e que os outros é que são canalhas e ladrões. Um hipócrita publicamente vai defender os valores que, no seu particular, escarnece. O sátiro vai se levantar contra isso. Vai se indignar, vai se revoltar e, em vez de ficar calado em sua casa, na segurança do anonimato, vai publicar os seus textos para os outros verem!
Grandes sátiros foram assim. E, usando os poderes da ironia e da paródia, ampliam e distorcem a realidade, pois a realidade já foi distorcida e estuprada pelos malfeitores!
Os malfeitores roubam, matam, estupram e, em seguida, na maior inocência, clamam honestidade e honradez. O sátiro, com seu dedo sujo, aponta essa discrepância absurda! Pois, para eles, o mundo não deveria ser assim. Deveria ser mais. E melhor!
Sim, os sátiros são pessoas que, normalmente, após idealizarem muito os seres humanos, se decepcionam e ruminam contra a própria raça seus venosos textos!
Esta é a verdade!
Assim, entender satiricamente o mundo é enxergar o mundo despido de todas as mentiras.
Se isso for possível sem enlouquecer...